COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O assentado Flaurizio José foi assassinado no último dia 04. A polícia investigou o caso e trabalha com a hipótese de roubo, já que pertences do assentado sumiram. Entretanto, a CPT em Minas Gerais desconfia de outra motivação, já que Flaurizio é de um assentamento que está em conflito desde 2008, quando outro trabalhador foi assassinado.


 

 

Flaurizio José foi assassinado no último dia 04 de janeiro. O corpo foi encontrado somente na manhã do dia 05 e o enterro foi realizado no dia 06 pela manhã. Flaurizio era assentado no P.A. Chico Mendes II, em Pingo D’Água (MG).

 

Segundo informações da CPT Minas Gerais, a polícia já encerrou os trabalhos e duas pessoas foram presas, eles estão trabalhando com a hipótese de roubo. Entretanto, segundo Lucimere Leão, da coordenação nacional da CPT e agente da CPT Minas Gerais, “não concordamos com a tese de simples roubo, para nós foi tudo montado para ele ser morto e ficar como roubo, na época do assassinato do João Calazans [morto em 2008] fizeram a mesma coisa”.

A área do P.A. Chico Mendes II está em conflito desde o assassinato de João Calazans, que completou quatro anos no dia 12 de dezembro de 2011. Até o presente momento não se sabe quem o matou. O clima de tensão na área continua.

Entenda o caso

Na tarde do dia 04 deste mês por volta das 17 horas Flaurizio José, jovem com apenas 32 anos, foi assassinado com um tiro pelas costas quando vinha de uma viagem em sua moto, seu corpo foi encontrado pelo irmão somente na manha do dia seguinte.

Flaurizio era assentado no PA Chico Mendes II, Pingo D’água, membro da diretoria da associação, irmão do atual presidente e oposição à política local. Duas pessoas foram presas, e a polícia trabalha com a hipótese de crime por latrocínio, pois o mesmo teve seus pertences roubados.

O clima de tensão é muito grande no assentamento, mesmo com estas duas prisões, não descartamos a hipótese de outras motivações para o crime. Pois em 2008 foi assassinado o presidente da associação e presidente do sindicato João Alves de Calazans, crime até hoje não solucionado.

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