COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

 

54 famílias do Acampamento Barro Branco foram novamente despejadas em Chupinguáia, Rondônia, a pedido do empresário, político e pecuarista Ilário Bodanese, de Vilhena. No mesmo dia, Udo Walhbrink, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vilhena, sofreu outra vez graves ameaças de morte e teve que fugir. Um carro suspeito com dois homens desconhecidos o seguia.

 As famílias do Barro Branco já tinham sofrido despejo em fevereiro, e mais tarde voltaram a ocupar a terra da União reivindicada para reforma agrária. Lideranças do acampamento sofreram ameaças e dois homens foram baleados em junho. Depois da intervenção da Ouvidoria Nacional contra a Violência no Campo, um pistoleiro foi detido e diversas armas foram apreendidas na Fazenda Bodanese.

Ontem a Ouvidoria do INCRA tomou conhecimento de processos de despejo de posseiros em terras da União, em Seringueiras e Vilhena, que não consegu evitar.

Chupinguáia e todo o Cone Sul de Rondônia é uma das regiões onde mais tem avançado a soja e o agronegócio e concentra numerosos conflitos agrários contra pequenos agricultores. Em 29/07/10, o Ministério Público Federal abriu inquérito público contra as repetidas ameaças de morte  recebidas pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vilhena, Udo Valhbrink, que dá apoio aos acampados.

 

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