Últimos integrantes do grupo que ocupava a sede do Incra no Maranhão saíram ontem pela manhão. A decisão de descoupar o órgão veio depois da promessa de que representantes do governo federal irãoa São Luís no final do mês, para conversar com o camponeses, indígenas e quilombolas.
(Jornal O Pequeno)
Os cerca de 250 quilombolas, índios e sem-terras que desde o dia 25 do mês passado ocupavam a sede do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), no Anil, já deixaram o local e voltaram para suas comunidades no interior do estado. Os últimos acampados saíram do Incra ontem (1º) pela manhã. Os manifestantes chegaram a bloquear os dois portões do órgão, na terça-feira (30).
A desocupação foi decidida depois que os acampados obtiveram do superintendente do Incra-MA, José Inácio Sodré Rodrigues, a promessa de que representantes do governo federal estarão em São Luís no final do mês – provavelmente no dia 30 – para tentar atender as principais reivindicações dos lavradores e índios: regularização de terras e segurança aos ameaçados de morte.
De acordo com o padre Inaldo Serejo, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Maranhão, virão a São Luís o presidente nacional do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, além de representantes do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), da Fundação Palmares e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
No encontro do fim do mês, também deve ser definido qual o montante de recursos que será liberado ao Maranhão, dos R$ 400 milhões que o governo federal destinará à implantação de assentamentos no país.
Essa foi a segunda vez que movimentos sociais ocuparam a sede do Incra em São Luís. Em junho, quilombolas ficaram 14 dias acampados no local.