COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A Delegacia de Conflitos Agrários se recusou ir ao local da truculência; jagunços permaneceram rondando o acampamento.

(Da Página do MST / foto MST)

 Na madrugada deste sábado (28), 450 famílias do Acampamento Hugo Chávez, localizado na fazenda Santa Tereza, em Marabá, Sudeste do Pará, foram atacadas por pistoleiros. 

Durante a truculência, foram realizados diversos tiros contra as famílias e fogo foi ateado nos barracos e na estrada, interditando a única via de acesso ao acampamento. Jagunços permaneceram rondando o acampamento.

Ainda na madrugada, a direção do MST registrou a ocorrência junto a Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), porém o comandante Rocha, responsável pelo departamento, se recusou a realizar as investigações. Ele disse que poderá ocorrer uma carnificina, mas não iriam ao local do ocorrido sem ordens do comando de Belém.

A Secretaria de Segurança Pública e a Promotoria da Vara Agrária também foram acionadas.

A área, onde está localizada o acampamento, foi ocupada na manhã da última sexta-feira (27) e as famílias relatam que está instaurado um momento de pânico e terror.

Publicamente, o MST tem repudiado a ação de pistolagem, informado a sociedade e exigido das autoridades responsáveis medidas cabíveis contra mais esta tentativa de assassinato de trabalhadores e trabalhadoras no campo na região.

Confira Nota divulgada pelo Movimento:

Podem nos tirar tudo

Podem nos tirar tudo, menos nossa dignidade e a vontade de seguir lutando!

Após, o violento ataque às famílias Sem Terra do acampamento Hugo Chaves no Pará, em Marabá, sudeste do estado, ocorrido na madrugada deste sábado (28), o MST vem a público reafirmar tentativa mais uma vez de extermínio de trabalhadores e trabalhadoras rurais.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reafirma mais uma vez seu compromisso de lutar por Reforma Agrária Popular. Em um país com mais de 2 mil latifúndios e tendo o Pará com os maiores latifúndios do país.

Continua no ranking de morte e destruição. Sabemos e sofremos com esta realidade vivida em uma região marcada de violência e violações contra trabalhadores e trabalhadoras.

Neste sábado, as 450 famílias que reocuparam a fazenda Santa Tereza foram ameaçadas, espancadas, muitas ficaram feridas e tiveram todos os seus pertences queimados e destruídos

A ação e tentativa novamente de execução do/as camponeses/as apresentam as mesmas características já conhecida na região: pistolagem e envolvimento de policiais em conluio com fazendeiros que permanentemente intimidam que não seguem seus interesses.

Além disso, ganhou mais um reforço em declarações do pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro que em campanha recente no estado incitou, com suas declarações de ódio ao MST, ainda mais a violência contra o/as trabalhadores rurais.

Afirmamos que seguiremos em Luta por justiça e Democracia. Podem nos tirar tudo, menos nossa dignidade e a vontade de seguir lutando!

 

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline