COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do empresário Valdelir João de Souza, acusado de ser o mandante do assassinato de nove trabalhadores rurais em Colniza (MT), ocorrido em abril do ano passado. Entre as vítimas da chacina, que também foram submetidas a torturas, estavam crianças e idosos. Apelidado de Polaco Marceneiro, Souza se encontra foragido

(Fonte: Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil / Imagem: Caio Mota)

Em seu voto, o relator ministro Rogerio Schietti destacou que a fuga consiste na principal sustentação para o decreto de prisão preventiva. "É uma escolha que lhe trará os ônus processuais correspondentes, não podendo o Judiciário ceder a tal opção do acusado, a menos que considere ilegal o ato combatido".
O ministro disse, ainda, que os indícios da liderança do suspeito "em milícia armada e extremamente violenta, constituída com o fim de garantir a exploração de atividade econômica (exploração de madeira)", são bastante sólidos.

 

 

LEIA MAIS:

“Brasil tem hoje licença para matar”, diz coordenador da CPT sobre madeireiro foragido     

Suspeito de articular massacre em Colniza exporta, foragido, madeira para os EUA

“Estamos vivendo a generalização da violência no campo no Brasil”, afirma presidente da CNDH

Além da chacina dos camponeses, a área em que está situado o município de Colniza, denominada Gleba Taquaruçu do Norte, também foi marcada por outro homicídio, meses depois. No dia 15 de dezembro de 2017, o então prefeito da cidade, Esvandir Antonio Mendes, foi morto a tiros. Um empresário do ramo de combustíveis é apontado como suspeito do assassinato, a quem o prefeito devia dinheiro.
Após o assassinato de Mendes, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso deflagrou, em dezembro passado, a operação Colniza Segura, com o objetivo de debelar os elevados índices criminais na região. Prevista para durar dois meses, a força-tarefa é formada por equipes da Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Politec e do Corpo de Bombeiros.
A chacina dos camponeses ocorreu próximo ao distrito de Guariba, em uma área denominada Taquaruçu do Norte. Localizado a 1.065 quilômetros (km) da capital Cuiabá, o município de Colniza se distingue por apresentar diversos focos de conflitos agrários identificados por organizações como a Comissão Pastoral da Terra.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline