COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Agentes foram alvejados por disparos durante ação para combater o fogo. Ibama acredita que foi uma tentativa de homicídio por parte de madeireiros.

 

(Fonte: G1 Maranhão)

A Polícia Federal está investigando uma emboscada sofrida por fiscais do Ibama na reserva indígena Arariboia, no sudoeste do Maranhão. Eles estavam trabalhando no combate ao incêndio que atinge o local. Para o Ibama, a emboscada foi uma ação de madeireiros que exploram a mata da reserva de forma ilegal.

O chefe de fiscalização do Ibama, Roberto Cabral, que trabalha no combate ao fogo na reserva Arariboia, classificou o atentado como tentativa de homicídio.

Ele foi baleado no braço, mas passa bem. Outras pessoas da equipe também foram abordadas, mas não se feriram.

“Há uma relação entre as duas atividades, o incêndio e a atividade madeireira. Nós temos a equipe do Ibama no pré-fogo trabalhando na frente e temos a equipe de fiscalização trabalhando na frente relacionada ao roubo de madeira. E essa tentativa de homicídio que aconteceu agora vem a reforçar nossa ação”, disse.

SAIBA MAIS: Índios protestam em Brasília exigindo ação do governo para combater incêndio na TI Arariboia (MA)

O  Ibama vai utilizar dois aviões para combater o fogo. Eles serão responsáveis por despejar água onde os focos mais apresentam mais resistência. Além disso, 36 brigadistas vão se juntar as 200 pessoas que já trabalham na mega operação.

De acordo com o Ibama, 37% dos 140 mil hectares de reserva já foram destruídos. Áreas extensas de floresta e mudança dos ventos ajudam no avanço do fogo, que queima três mil hectares de mata por dia. O trabalho dos brigadistas que combatem o fogo por terra é difícil, porque a floresta é muito densa.

O fogo já destruiu uma parte da plantação de mandioca dos índios, mas ainda é mantido um pouco distante das aldeias. Para a Funai, o fogo é uma ameaça, principalmente, para os índios Awa-Guajá, que vivem isolados na reserva.

“Foram destruídas algumas áreas de plantio e isso pode gerar um impacto na segurança alimentar desses povos. Por isso a importância de se fazer esse combate”, disse o coordenador-geral de monitoramento territorial da Funai, Renildo Carneiro Santos.

 

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