A Fazenda Santa Ilário pertence a Antônio Borges, que em 2005 entrou na “Lista Suja” do trabalho escravo após o MTE encontrar 6 pessoas em situações degradantes. Essa mesma área já foi palco de vários conflitos. Em 2007, por exemplo, ocorreu um conflito entre Sem Terras, pistoleiros e policiais, que resultou na morte do lavrador José Reis.
(Fonte: Página do MST)
Cerca de 150 famílias Sem Terra foram recebidas à bala logo após ocuparem a Fazenda Santa Ilário, na cidade de Araguatins, no Tocantins, na manhã deste sábado (2).
Até o momento, há a informação de um Sem Terra feriado à tiro pelos pistoleiros. Segundo os trabalhadores rurais, a área pertence à União e foi grilada pelo fazendeiro paulista Lund Antônio Borges.
Não é a primeira vez que situações deste tipo acontecem na luta pela Fazenda Santa Ilário. Situações semelhantes a essa já aconteceram em abril de 2009 e em agosto de 2007.
Após uma ocupação em 2009, três pessoas chegaram num veículo e realizaram cinco disparos com arma de fogo em direção a um grupo de crianças, mulheres, um portador de deficiência física e diversos acampados, atingindo um deles: Raimundo Nonato. Na época, um dos três atiradores foi identificado pelos acampados como agente da Polícia Civil de Araguatins.
Na ocasião, representantes de entidades da sociedade civil organizada apresentaram um documento à Procuradoria da República no Tocantins (MPF) assinado por 22 entidades, com pedido de apuração sobre tentativa de assassinato de uma liderança do Acampamento Alto da Paz.
Já em 2007, a fazenda foi novamente palco de um conflito entre Sem Terras, pistoleiros e policiais militares, que resultou na morte do lavrador José Reis, de 25 anos. As circunstâncias e autoria do crime nunca foram esclarecidas.
Em 12 de agosto de 2004, o Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, em fiscalização na Fazenda Santo Hilário, libertou 6 pessoas encontradas em condições de trabalho análogo ao de escravo. O nome do proprietário, Lund Antônio Borges, foi incluído na “Lista Suja”, em julho de 2005.