COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Na sexta-feira, 17 de outubro, mais de 5 mil manifestantes da região do médio São Francisco participaram do Ato Público em defesa do Rio, que aconteceu no município de Bom Jesus da Lapa. O Ato, denominado “Meu Velho Chico, vamos lhe dar um gole d’água”, foi iniciado no Centro do município e teve uma caminhada até a ponte sobre o rio. Confira, em anexo, a Carta Aberta divulgada pelos manifestantes.

 

Antes, a largura média do rio ao passar pela cidade era de 600 metros e hoje não passa de 150 metros de uma margem à outra. Ao chegar à ponte, os manifestantes despejaram água, levada em vasilhas, no leito do rio para simbolizar o desejo de ver o rio cheio novamente.

O Ato, promovido por diversas entidades ligas à Articulação Popular São Francisco Vivo (SFVivo), denunciou a grave situação em que o rio se encontra com o nível de água mais baixo já visto e com a sua principal nascente seca.

De acordo com Samuel Britto, da SFVivo, o objetivo das manifestações é “sensibilizar os brasileiros para a necessidade de medidas urgentes que contenham sua devastação total do Rio”, disse.

Confira, em anexo, a Carta aberta a Sociedade e as Autoridades, produzida para o Ato Público.

Representação junto ao MPF

No mês de setembro o Ato Público em Defesa do Rio São Francisco aconteceu em Pirapora (MG), marcando a entrega de uma Representação, formulada pela SFVivo, para o Ministério Público Federal exigindo Moratória para o Rio com a suspensão de novos licenciamentos e outorgas de águas para grandes e médios projetos e a revisão dos já concedidos.

Até o momento a Representação já foi assinada por 70 entidades, entre associações, sindicatos, institutos, movimentos, pastorais, ONGs e comunidades ligadas à Articulação e entregue aos MPFs em Aracaju (SE), Barreiras (BA), Guanambi (BA), Maceió (AL), Montes Claros (MG) e Petrolina (PE), municípios da Bacia Hidrográfica do Rio.

O documento pede que o MPF tome as “medidas cabíveis contra os agentes governamentais e privados que violam direitos ao promover ou se omitir frente a degradação da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, mais evidente no atual quadro de estiagem”.

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