Confira o curta-metragem sobre a investida da monocultura de eucalipto sobre o cerrado baiano no município de Cordeiros, e os impactos destrutivos causados nesse bioma e na vida das comunidades. O vídeo foi produzido por Thomas Bauer, da CPT Bahia, com o apoio da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Palmeira. Veja o vídeo aqui.
Na fronteira entre Bahia e Minas Gerais encontram-se dezenas de comunidades de geraizeiros, hoje cada vez mais ameaçadas pelo avanço das empresas do agronegócio. Desta maneira, as populações locais têm os mesmos inimigos que invadem seus territórios, causando grande impactos socioambientais, em troca de altos lucros para poucos. Mesmo encurraladas pelos “troncos da morte” dos monocultivos de eucalipto, as famílias resistem e procuram defender seus direitos, como é o caso das famílias da comunidade Palmeira, no município Cordeiros, a 660 km de Salvador (BA).
As famílias se adaptaram ao bioma cerrado, cultivando a terra para subsistência e vendendo o excedente em feiras. Criam animais nas áreas de “solta”, e assim vão vivendo em harmonia com o bioma.
Há um tempo as famílias vêm resistindo numa dura disputa com empresas monoculturas. Com a plantação do eucalipto, segundo as comunidades, diversos impactos tem sido provocados. As áreas já não tem mais caça e nem a mesma abundância de árvores típicas do cerrado.
“Com o plantio de eucalipto, com dois anos cortou a água do rio. E tinha tanta água no rego antes”, diz seu Joaquim, comunidade Palmeira.
Nem mesmo o envolvimento da empresa Floresta Minas na operação Grilo, da Polícia Federal, em que ela foi acusada de grilagem de terras, barrou a investida dela sobre o cerrado baiano.
O vídeo foi produzido por Thomas Bauer, da CPT Bahia, com o apoio da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Palmeira.