COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O Acampamento Cipó Cortado com 160 famílias em Senador La Roque, sudeste do Maranhão, sofrem mais uma ameaça de despejo. Desta vez o Fazendeiro já prepara a alimentação para cerca de 60 policiais que farão a operação, segundo MST.

 

 

(Fonte: MST)

As famílias de trabalhadores rurais sem terra acampadas a quase 7 anos no complexo de áreas chamado Cipó Cortado amanheceram esta segunda-feira sob ameaça de despejo para esta terça feira, 21. As informações da Coordenação do MST na Região aponta que já há PMs pela região.

A Coordenação do MST denuncia ainda que o comando da PM na região infligiu um acordo feito entre movimentos e o Governo do Estado incluindo comando da Policia e órgão do governo Federal, como a Ouvidoria Agrária, de que nenhum despejo seria feito no Maranhão sem que fossem comunicado antes os envolvidos.

O Comandante da PM em Imperatriz Major Markus feriu este acordo de condutas, e dá margens para um possível conflito. Anterior a este, o ex comandando Major Adeison por diversas vezes, em diversos caso comunicava sobre as reiterações de posse com até oito dias de antecedência. Nesta atitude, Major Adeilson, notificava os movimentos em questão, a imprensa, entidades de direitos humanos e o INCRA. Nenhum desses foram comunicados dessa vez.

Fraude na reintegração

O Fazendeiro grileiro da área alterou o nome da propriedade para conseguir a liminar de despejo. Essa é a 15ª vezes que essa situação acontece e as famílias é que ficam na situação de tensão.

Os trabalhadores não podem ser despejados, pois a área é da União, e esta em processo de regularização pelo Programa Terra Legal. Assim qualquer liminar de despejo antes da decisão da arrecadação ou não é ilegal.

O Acampamento Cipó Cortado se encontra em um complexo de quatro fazendas da união que foram griladas e que estão em processo de regularização para o assentamento das famílias. A situação de ameaças é constante. O Progama Terra Legal arrecadou no final de outubro cerca de 1200 hectares, qu não da pra assentar as famílias. O Incra, na ocasião, foi a publico informa a sociedade que havia resolvido o problema das famílias da Cipó Cortado. Na prática cerca de 160 famílias continuam aguardando a regularização de mais 7 mil hectares.

A Coordenação do MST apela para as autoridades para evitar o despejo, pois o acampamento cipó cortado é uma comunidade consolidada, já existe até escola com cursos profissionalizantes. É período de lavouras, e o dever do estado é proteger a população.

O estado do Maranhão se manteve, em 2013, como o primeiro em conflitos no campo. Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra estes conflito são vindos da ação violência de pistoleiros e do próprio estado através do uso da força policial e também quando se omite a realizar a reforma agrária.

 

 

 

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