Um grupo de índios Guajajara protesta em frente ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, nesta sexta-feira (9), para exigir do governo federal uma ação coordenada e efetiva para acabar com o incêndio que já consumiu mais de 100 mil hectares de floresta na Terra Indígena (TI) Arariboia, no sul do Maranhão.
(Fonte: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib)
O incêndio dura quase um mês e consumiu o equivalente a 20% da área, que tem 413 mil hectares. A linha de fogo chega quase a 100 quilômetros.
Os indígenas exigem ser recebidos pela ministra Izabella Teixeira. Os órgãos envolvidos no combate ao fogo não conseguem coordenar ações e alegam não ter recursos para atuar. Não haveria dinheiro para custear nem mesmo a alimentação dos brigadistas. Exército, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Fundação Nacional do Índio (Funai) participam do trabalho.
“É preciso ter uma decisão de governo para uma solução efetiva para o incêndio”, afirma Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e uma das lideranças da TI Arariboia. A Apib apoia o protesto em Brasília.
O fogo já queimou casas dos índios Guajajara e agora ameaça um grupo de índios “isolados” Awá Guajá. “Há um risco total de vida para eles”, conta Sônia Guajajara.
Mais de 5,3 mil índios vivem na TI Arariboia, localizada entre os municípios de Amarante do Maranhão, Arame, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Grajaú e Santa Luzia. A área á alvo constante de desmatamentos ilegais e roubo de madeira.
Mais informações
Sônia Guajajara – (61) 8263-8032
Paulino Montejo – (61) 9952-4583