Teve início no dia 11 de agosto na cidade de Assunção, o IV Fórum Social das Américas. A marcha de abertura do evento reuniu milhares de pessoas nas ruas de Assunção. As atividades do Fórum seguem até o dia 15 de agosto.
Sandra Trafilaf /Anamuri/Gildo Rego/Via Campesina Sudamérica/Minga Informativa de Movimentos Sociais
O IV Fórum Social Américas (FSA), instalado no coração do continente, teve início com uma marcha pelas principais ruas de Assunção, milhares de pessoas marcharam do Conselho Nacional de Esportes para o edifício do Cabido, situado no centro da cidade. Por 10 quilômetros delegações de mais de 600 organizações sociais vindas de diversos países da América Latina, transformaram as ruas da capital com suas bandeiras coloridas.
A frente da marcha estavam camponesas e indígenas da Federação de Mulheres Camponesas “Bartolina Sisa” da Bolívia, a Prêmio Nobel Rigoberta Menchú da Guatemala e Magui Balbuena da Coordenação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas (CONAMURI) do Paraguai.
Durante todo o percurso, os participantes invocavam a integração e a libertação do continente, rejeição às bases militares norte-americanas no continente e à criminalização das lutas dos povos. Dos predios, vários cidadãos/as saudavam os manifestantes que marchavam ao som da “batucada” e de música de grupos bolivianos.
A dirigente da Conamuri, Magui Balbuena foi a encarregada de dar as boas-vindas a todos e a todas na praça do Cabido, afirmando que o FSA é “um momento histórico para o povo do Paraguai, que possibilita encontrar-nos e compartilhar nossas lutas para criar uma grande frente de batalha contra o imperialismo, com esta diversidade avançaremos na construção de outro mundo possível.”
O ato teve como característica a locução nos idiomas que fazem parte do país, o guarani e o espanhol, a apresentação do coro Tava Guarani-São Pedro, integrado por jovens dessa mesma comunidade. Em seguida, o representante do Conselho Hemisférico do FSA, Edgardo Lander da Venezuela, se dirigiu ao público afirmando que este Fórum se produz em um palco político que sofreu mudanças em toda a região, manifestando que “o continente deve estar mais unido hoje, e deve reforçar a construção de alternativas que se levantaram, apoiando os modelos de sociedades que têm uma aposta diferente ao neoliberalismo”.
Assim se iniciou a IV edição do Fórum Social Américas onde 6.000 participantes discutirão diversos temas até 15 de agosto.