As mulheres da Via Campesina, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e movimento sindical dividiram-se no dia 3 de março, em três marchas, marcando o início da tradicional mobilização no mês de março em função do Dia Internacional da Mulher.
As mulheres da Via Campesina, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) e movimento sindical dividiram-se nesta quarta-feira, 03 de março, em três marchas, marcando o início da tradicional mobilização no mês de março em função do Dia Internacional da Mulher.
Dezenas delas estão em Porto Alegre, posicionadas pacificamente em frente ao gabinete do superintendente do Ministério da Agricultura. Outro grupo, em Palmeira das Missões marchou até o centro da cidade onde se reuniram para a manifestação. O ato acontece também em frente à multinacional Solae Alimentos, que fica às margens da BR-116, onde os caminhões carregados de soja que chegam à empresa são barrados pelo movimento.
O coletivo de mulheres da UFRGS junto com MTD e Via Campesina se manifestam também na reitoria da Universidade. Às vésperas de um conselho universitário (CONSUN) que visa aprovar a criação de um parque tecnológico para abrigar empresas incubadas pela Universidade, elas denunciam que o objetivo deste projeto é na prática, a transferência do conhecimento produzido pelas unidades acadêmicas para empresas privadas, que através da livre concorrência, terão sede neste parque.
As manifestantes reivindicam que se suspenda a votação do projeto no CONSUN até que seja realizado um amplo debate com os estudantes e a população em geral sobre este parque. Alegam ainda que da forma como o projeto está, quem se aproveitará do conhecimento produzido com recursos públicos serão grandes empresas, entre as quais as do agronegócio, e defendem que esse projeto seja construído e gerido pela sociedade, dando preferência às pequenas agroindústrias, cooperativas e demais empreendimentos solidários.