COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O objetivo é continuar trazendo à tona os impactos do petróleo no meio ambiente e nas comunidades pesqueiras após um ano do crime ambiental

No próximo dia 30 de agosto completa-se um ano que manchas de petróleo começaram a surgir no litoral do Nordeste e Sudeste do Brasil. Para marcar a data e continuar pedindo justiça, está sendo lançada a campanha Mar de Luta - Justiça Social aos Povos das Águas Atingidos pelo Petróleo. 

A iniciativa vem de movimentos sociais de pescadores artesanais e de organizações de defesa aos direitos humanos e socioambientais, e tem o apoio do Greenpeace Brasil. O objetivo é continuar trazendo à imprensa e à sociedade as informações sobre os impactos que as comunidades pesqueiras estão sofrendo até hoje e reivindicar respostas e reparações do governo. No dia 30 de agosto, os movimentos farão uma live nas redes do Intervozes e no dia 31, será realizada uma série de mobilizações online no Twitter, Instagram e Facebook do Mar de Luta.

As manchas de petróleo apareceram em mais de mil localidades dos nove estados do Nordeste e dois do Sudeste, configurando o  maior desastre ambiental em extensão que o Brasil já viveu. Os responsáveis ainda não foram identificados. Além dos impactos econômicos ao longo da crise do óleo, muitos dos afetados não conseguiram receber o auxílio emergencial durante a pandemia este ano, aumentando sua situação de vulnerabilidade.

"Estamos vivendo momentos difíceis desde que aconteceu o derramamento de óleo nas nossas praias e comunidades. Nós, mulheres, estamos perdendo a autonomia pois não temos condições de ganhar o nosso dinheiro e de vender o marisco ou pescado. A rejeição é muito grande. Antes de termos nos recuperado do petróleo, chegou a pandemia. Estamos angustiadas sem saber como cuidar da nossa família até porque o sistema de saúde mal chega até as comunidades tradicionais", diz Maria Vale, que é pescadora de Fortim (CE) e participante da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP).

Entre as demandas da campanha estão a responsabilização do Estado pela falta de respostas e pesquisas sobre o impacto na saúde da população sobre efeitos socioeconômicos e ambientais. A campanha também pede um processo rigoroso de avaliação e monitoramento das praias, mangues e oceanos atingidos e se opõe à abertura de novos poços de petróleo nos mares e oceanos. 

"Lá em 2019 não foram tomadas medidas eficazes e nem a tempo de evitar um desastre maior. Não foi acionado um Plano de Contingência. As próprias comunidades tiveram que se organizar para retirar o petróleo. Então, elas estiveram expostas a riscos de saúde. E até hoje não temos pesquisas que indiquem o nível de comprometimento do pescado e das águas”, diz Ormezita Barbosa, Secretária-executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores. 

Fazem parte da Campanha Mar de Luta: Conselho Pastoral dos Pescadores, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem), Rede Manguemar e Núcleo de Estudos Humanidades, Mares e Rios da Universidade Federal de Pernambuco, Coletivo de Comunicação Intervozes e Mídia Ninja. 

Para mais informações:

Ormezita Barbosa - Secretária-executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores Nacional
Tel.: (81) 99721-5956

Maria Vale - pescadora de Fortim (CE), integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP).
Tel.: (88) 99915-7561

Carlos Alberto Pinto dos Santos - pescador da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas  e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem).
Tel.: (73) 99949-0963

Facebook: @campanhamardeluta
Instagram: @mardeluta

 

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline