COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A Comissão Pastoral da Terra, na última sexta-feira, 20 de julho, entrou com pedido de habilitação como Amicus Curiae na ADI 5771 de iniciativa do Ministério Público Federal, que questiona a constitucionalidade da Lei nº 13.465/2017. A sociedade está chamando esta norma de “Lei da Grilagem”, por entender que facilita uma série de ilegalidades e irregularidades. 

(Rodrigo de Medeiros / RENAP)

A CPT reforça os argumentos do MPF que a norma é inconstitucional, destacando que: a Lei nº 13.465/17 é uma lei ordinária, mas regula matérias de lei complementar; fragiliza o direito social à moradia; prejudica a realização da reforma agrária; colabora com o descumprimento da função ambiental da propriedade; ofende o direito ao mínimo existencial; dentre outros pontos.

A Lei 13.465/2017 é entendida como uma desconstrução de tudo que se avançou na regularização fundiária, no ponto de vista legal, em mais de 30 anos. Vulnera a fiscalização, o controle ambiental na Amazônia Legal e ainda faz retroagir direitos fundamentais, desrespeitando os objetivos da República (artigo 3º, da CF). A CPT foi assessorada neste Amicus Curiae pela Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares- RENAP, que atua junto a organizações e movimentos populares.  No ano de 2017, a RENAP realizou seu Encontro Nacional em Minas Gerais (06 a 10 de setembro) e deliberou preparar a petição de amicus curiae, que era uma demanda da sociedade em face da Lei em questão. Entendeu-se que ela foi mais um expediente de retrocesso no país a partir do golpe de 2016.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline