Nesta terça-feira (19), será realizado mais um encontro do Fórum por Direitos e Contra a Violência no Campo. O colegiado reúne movimentos de camponeses, indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais.
(Fonte/Imagem: MPF).
O Fórum por Direitos e Contra a Violência no Campo se reúne nesta terça-feira (19), a partir das 14h, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília (DF). Apoiado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, o colegiado reúne representantes de organizações da sociedade civil e de movimentos de indígenas, camponeses, pescadores, quilombolas e outras comunidades tradicionais com o objetivo de incidir junto ao poder público para a garantia de direitos e o fim da violência no campo.
A reunião terá como pauta a construção de ações frente ao desmonte de políticas públicas na área e o expressivo crescimento da violência contra as populações do campo. Dados da Comissão Pastoral da Terra apontam que 62 camponeses já foram assassinados no Brasil neste ano. De acordo com a organização internacional Global Witness, o país lidera o ranking da violência no campo em todo a América Latina.
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“Apesar do chocante e crescente número de assassinatos, o governo brasileiro tem, na verdade, diminuído a proteção a defensores ambientais”, denunciou o estudo da Global Witness ao criticar o desmantelamento do Ministério dos Direitos Humanos e o Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, que conta com “poucos recursos e é ineficaz”.
> Sobre o Fórum por Direitos e Contra a Violência no Campo: Inspirado em experiência da década de 1990, o Fórum por Direitos e Contra a Violência no Campo ressurgiu em 2016 como agente articulador dos diversos segmentos afetados pelo encolhimento dos espaços de diálogo e pela desarticulação de estruturas voltadas à questão do campo. A reativação do Fórum foi deliberada durante encontro promovido pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal e mais de 50 representantes de organizações da sociedade civil e de movimentos de indígenas, camponeses, pescadores, quilombolas e outras comunidades tradicionais.