No segundo dia da manifestação dos indígenas nas obras no rio Teles Pires, movimento divulga nova carta pública sobre a situação do protesto.
A coordenadora da mobilização, Ana Poxo, recebe o diretor Antonio Brasiliano em reunião na ocupação (Foto: Caio Mota)
(Caio Mota - pelo Fórum Teles Pires)
Rio Teles Pires — A ocupação feita por indígenas, após deliberação no encontro de mulheres munduruku realizada em maio, chega ao seu segundo dia e divulga nova carta pública sobre a situação no canteiro de obras na Usina Hidrelétrica São Manoel (EESM), localizada no rio Teles Pires entre os estados de Pará e Mato Grosso. No documento, os ocupantes destacam que permanecerão no local até que suas pautas sejam atendidas.
Também é apontada pelos indígenas a resistência da empresa ao diálogo aberto, visto que os advogados da EESM ingressaram com pedido de reintegração de posse antes mesmo de qualquer reunião entre as lideranças e os diretores da empresa. Há ainda a acusação de que ameaças estão sendo feitas por uma funcionária da hidrelétrica. Confira a íntegra da segunda carta pública munduruku:
Até o momento
Na tarde de ontem, dia 17 de julho, o diretor da ESSM Antonio Brasiliano compareceu ao canteiro de obras e realizou reunião com os indígenas. Ele garantiu que as obras continuarão paradas enquanto a ocupação estiver acontecendo.
A ocupação da EESM teve início na madrugada do dia 16 de julho quando cerca de 200 indígenas representando 138 aldeias munduruku da bacia do Tapajós chegaram ao canteiro de obras da usina.
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O FTP está acompanhando esta mobilização à convite dos indígenas e ao longo dos próximos dias outras informações serão publicadas.