A progressiva violência no campo tem se sustentado em ações no campo institucional com cortes de direitos e mudanças brutais nas legislações, mas também em ações orquestradas por distintos atores sociais.
(Fonte: MST).
Uma escalada de violência assola o campo brasileiro, com o chocante caso da chacina de Pau D’Arco, no Sudoeste do Pará, quando nove posseiros e a presidenta do sindicato de trabalhadores rurais foram assassinados pela polícia.
Os movimentos sociais, organizados no Comitê Paraense de Combate à Violência no Campo e nas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, convocam o Ato Nacional Pela Democracia e Contra Violência no Campo, no Centro da capital nesta segunda-feira (19), às 18 horas.
A progressiva violência no campo tem se sustentado em ações no campo institucional (Executivo e Legislativo), com cortes de direitos e mudanças brutais nas legislações, mas também em ações orquestradas por distintos atores sociais (públicos e privados).
No caso da chacina de Pau D’Arco, assim como no Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996, são os agentes públicos, as forças policiais do estado do Pará, os próprios assassinos de posseiros e trabalhadores rurais.
O ato nacional contará com as presenças do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Paulão (PT-AL), do presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Darcy Frigo, e da coordenadora da Via Campesina América do Sul, Deolinda Carísio, camponesa da Argentina. Também confirmaram presença o ator Osmar Prado e a atriz paraense Dira Paes, do Movimento Humanos Direitos.
Participam ainda representantes de movimentos populares como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf-Fetraf), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri).