Foram mais de 30 mil mulheres em luta contra o capital e em defesa dos direitos sociais da classe trabalhadora. Confira as ações nos estados:
(Fonte/Imagens: Da Página do MST)
A Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas mobilizou mais de 30 mil mulheres em todo o Brasil.
As trabalhadoras denunciam a violência contra a mulher, além da ação do capital estrangeiro na agricultura brasileira e as empresas transnacionais. A Jornada das Mulheres chamam a atenção da sociedade para o modelo destrutivo do agronegócio para o meio ambiente, a ameaça à soberania alimentar do país e a vida da população brasileira, afetando de forma direta a realidade das mulheres.
No Pará, cerca de 500 mulheres do MST realizaram uma marcha até a portaria da Floresta Nacional de Carajás (FLONACA), onde há mais de 30 anos a mineradora Vale saqueia o povo brasileiro, e protestaram contra o desrespeito aos direitos das populações nos lugares onde a empresa está presente. No entanto, as mulheres foram recebidas pela polícia com bombas de gás e bastante truculência. Pelo menos 10 manifestantes estão feridas e seis manifestantes estão presos.
O rompimento da barragem de rejeitos de mineração de Fundão, localizada em Mariana (MG) também foi lembrada. Cerca de 1500 Mulheres Sem Terra da região sudeste ocuparam as dependências da mineradora Samarco-Vale, travando as estradas, os trilhos e toda extração do Complexo de Mariana.
Empresas de agrotóxicos também foram alvos de protestos. o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Uma pesquisa recente da Universidade de Brasília concluiu que, na hipótese mais otimista, 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são impróprios para o consumo somente por conta de contaminação por agrotóxicos.
As mulheres Sem Terra também denunciam a impunidade no caso do Massacre de Carajás, que em 2016 completa 20 anos sem nenhum dos acusados esteja preso. Além disso, em diversos estados, manifestações também pautaram os retrocessos aos direitos das trabalhadoras e se colocaram contra a anunciada reforma da previdência.
Pará
No Pará, cerca de 500 mulheres do MST realizaram uma marcha até a portaria da Floresta Nacional de Carajás (FLONACA), onde há mais de 30 anos a mineradora Vale saqueia o povo brasileiro. No entanto, as mulheres foram recebidas pela polícia com bombas de gás e bastante truculência. Pelo menos 10 manifestantes estão feridas e seis manifestantes estão presos.
Minas Gerais/ Região Sudeste
Cerca de 1500 Mulheres Sem Terra da região sudeste ocuparam as dependências da mineradora Samarco-Vale, travando as estradas, os trilhos e toda extração do Complexo de Mariana. A manifestação ocorre nos arredores da Barragem de Germano, Fundão que rompeu e derramou um mar de lama, devastando cidades e todo o leito do Rio Doce.
Paraná
Na madrugada desta terça-feira (8), cerca de 5 mil trabalhadoras Sem Terra realizaram uma ação relâmpago nas dependências da empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, região centro do Paraná. Vindas de todo o estado, as mulheres destruíram as mudas de eucalipto e pinus para denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e seus impactos para o meio ambiente, como por exemplo: a expansão da monocultura de pinus e eucalipto, que transforma as terras em um deserto verde improdutivo do ponto de vista da soberania alimentar.
Sergipe
Na manhã desta terça-feira (08), aproximadamente 2000 mulheres do campo e da cidade, saíram às ruas de Aracaju em ato um unificado, construído por várias entidades, coletivos, sindicatos, movimentos sociais e populares afirmar a luta pela democracia e a garantia dos direitos das mulheres conquistados nos últimos anos.
Além de denunciar as violências sofridas pelas mulheres, já que são as primeiras penalizadas na crise do capitalismo, pois seus empregos são massacrantes e salários reduzidos.
Ao término do ato unificado as mulheres camponesas organizadas no MST e nos territórios da cidadania, seguiram em caminhada até a superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), levando a pauta da luta pela democratização dos meios comuns (terra, água e sementes), e por um modo de viver agroecológico. E em defesa dos direitos sociais, que implicam diretamente na vida das mulheres do campo.
Santa Catarina
Mulheres de Santa Catarina realizaram marchas e manifestações nos municípios de Chapecó, Lages e São Miguel do Oeste.
Tocantins
Em TO mais de 200 Mulheres da Via Campesina ocuparam o Ministério da Agricultura no Tocantins. Elas pediram a saída da Ministra Kátia Abreu do comando do MAPA.
A polícia Militar do estado agiu de forma truculenta e agressiva contra militantes que participavam da ação, entre eles o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Comissão Pastoral da Terra e a Marcha Mundial de Mulheres (MMM).
Em nota, os movimentos sociais repudiaram e exigiram das autoridades e órgãos competentes respostas concretas frente ao acelerado aumento da brutal violência que atinge profundamente os camponeses e camponesas, sobretudo os Sem Terra e os movimentos sociais no estado do Tocantins, ações que tendem a intensificar.
De acordo, relato no relato a polícia Militar agiu de forma arbitrária prendendo imediatamente cinco militantes do MST, os conduzindo até a sede da polícia Federal, onde foram recebidos pelo delegado da polícia Federal que instaurou inquérito encaminhando o processo conforme orientação da policia Militar, enviando-os para o Presídio, Casa de Custódia de Prisão de Palmas (CCPP).
Distrito Federal
Cerca de 500 Mulheres do MST-DF e entorno ocuparam o Complexo Jardim da Fazenda Santa Clara, próximo à Unaí (MG). A fazenda possui cerca de 9 mil hectares de terras griladas.
Também no DF 300 mulheres ocupam a fazenda Sálvia, localizada em Sobradinho (DF). A área pertence à União e as mulheres exigem que ela seja destinada à Reforma Agrária.
Cerca de 1000 integrantes do Movimento de Mulheres Camponesas e MST DF e Entorno realizaram uma marcha contra a contra a retirada de diretos da classe trabalhadora do campo e da cidade. A mobilização acontece no município de Formosa (GO), distante 80 Km de Brasília.
Dentre as preocupações das mulheres Sem Terra, está a reforma da previdência, anunciada pelo Governo Federal.
Espírito Santo
Nesta terça-feira (8), cerca de duas mil mulheres de diversos movimentos sociais do campo e da cidade marcharam em direção ao palácio da Fonte Grande, no centro de Vitória, Espírito Santo. As manifestantes ainda ocuparam o Palácio do Governador e a Secretaria da previdência para protestar contra a reforma da previdência.
Alagoas
Sindicatos, partidos políticos, movimentos de juventude, movimentos populares e de luta pela terra realizaram na manhã desta terça-feira (08), uma grande marcha pela cidade de Maceió em defesa dos direitos das mulheres, contra o golpe e pela democracia.
As camponesas que no início da manhã desta segunda-feira (7) ocuparam as agências do INSS em diversos municípios do estado, além das prefeituras de Atalaia, de Olho d’Água do Casado, Delmiro Gouveia e de Girau do Ponciano, protestaram contra a retirada de direitos dos trabalhadores e a anunciada reforma da previdência.
Mato Grosso
Na manhã desta terça-feira (8), 300 mulheres Sem Terra ocuparam a sede da indústria Nortox, instalada no município de Rondonópolis, no Mato Grosso para denunciar o impacto que a instalação da fábrica vai causar à população do estado. A polícia esteve no local e, segundo as camponesas, a segurança da empresa usou jatos d´água de caminhões-pipa e cachorros contra a manifestação.
Mato Grosso
Cerca de 400 Mulheres Sem Terra trancaram a rodovia MS-162, entrada do município de Maracaju, no Mato Grosso do Sul. A ação foi composta por camponesas do MST, do Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária (MCLRA) e da (Central Única dos Trabalhadores (CUT) e faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres.
Rio de Janeiro
Mulheres do MST e do MAB protestaram contra a Vale do Rio Doce no Rio de Janeiro. O ato que também contou com a participação de outros movimentos sociais e sindicais. O objetivo da ação foi denunciar e responsabilizar a empresa Vale pelo crime social e ambiental ocorrido em Mariana.
Goiás
Integrantes do MST, Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e Via Campesina inicia Jornada de Luta das Mulheres com luta em Goiânia pela aprovação da lei da agricultura familiar e camponesa, que está em negociação desde outubro de 2014.
Pernambuco
Em Ibimirim e Goiana, no Litoral Norte, cerca de 200 mulheres realizaram uma marcha contra o agronegócio e em defesa dos direitos das trabalhadoras rurais.
Já em Petrolina, sertão do Pernambuco, as mobilizações reuniram cerca de 200 mulheres em uma ocupação do INCRA para reivindicar crédito de apoio à mulher e agilidade nas desapropriações de terras.
Na capital do estado, Recife, o Movimento fez parte das rodas de diálogo entre mulheres do campo e da cidade, onde fizeram a entrega de uma carta reivindicatória ao governador do estado.
Enquanto que em Tamandaré, Zona da Mata Sul, houve uma ocupação em um laboratório de mudas de cana-de-açúcar da Usina Santo André. As mulheres permanecem no local para denunciar a monocultura de cana transgênica no estado.
Rio Grande do Sul
Cerca de 1200 camponesas ligadas ao MST e ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam na manhã desta terça-feira (8), o prédio da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Elas reivindicam anulação da titulação das áreas de assentamentos, e que todas as mulheres assentadas tenham acesso a políticas públicas, como o Fomento Mulher e Kit Feira, que incentivam a produção de alimentos no modelo agroecológico.
Em Porto Alegre, cerca de 1200 mulheres MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam na madrugada desta terça-feira (8), o pátio da empresa Yara Fertilizantes, em Porto Alegre, na Capital do Rio Grande do Sul.
Cerca de 600 Mulheres da Via Campesina do RS, Marcha Mundial das Mulheres, MTD e Levante Popular da Juventude estão reunidas em frente ao prédio da previdência social, no centro de Porto Alegre, onde realizaram uma audiência pública sobre a Reforma da Previdência.
Ceará
Na manhã desta terça feira, cerca de 600 mulheres Sem Terra e urbanas ocuparam o palácio do governo no Ceará. A Polícia Militar do Ceará reagiu ao protesto com truculência e sprays.
Bahia
Na madrugada do último sábado (5), cerca de 1300 mulheres Sem Terra ocuparam a fazenda Pingueira, do Grupo União Industrial Açucareira (UNIAL), no município de Lajedão, Extremo Sul da Bahia. Na área existe um monocultivo de cana-de-açúcar que estava interrompido por diversas denúncias de trabalho escravo.
Também na Bahia, cerca de 480 mulheres Sem Terra ocuparam no sábado (5), a sede da mineradora Mirabela, localizada no município de Itagibá, no Baixo Sul baiano.
Em Juazeiro, cerca de 500 mulheres saíram em marcha pelo centro da cidade denunciando o modelo de produção do agronegócio, defendendo a democracia e pautando a Reforma Agrária.
Mais de 400 Mulheres Sem Terra fecharam a BR 101, na altura do km 835 na manhã desta terça.
Na tarde desta segunda-feira (7/3), cinco pistoleiros, fortemente armados, invadiram o Acampamento 25 de Julho, em Baixa Grande, na Chapada Diamantina. As 60 famílias acampadas foram ameaçadas e feitas refém, enquanto seus pertences e barracos eram incendiados.
Na manhã do último domingo (6), com mais 200 Mulheres Sem Terra em uma das áreas da Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), na cidade de Planaltino.
Paraíba
Nesta segunda-feira (7), cerca de 500 mulheres Sem Terra ocuparam a sede da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), em João Pessoa, capital da Paraíba. A ocupação aconteceu com o objetivo de denunciar o modelo do monocultivo da cana de açúcar, baseado no uso intensivo de agrotóxicos.
Rio Grande do Norte
Na manhã desta segunda-feira (7), cerca de 400 mulheres do campo e da cidade, das organizações que compõem a Frente Brasil Popular, abrem calendário de lutas de 2016, em referência a semana do 8 de março.
Maranhão
Cerca de 300 Mulheres Sem Terra do Maranhão ocuparam os trilhos da Vale, na ferrovia Carajás. Os trens de minério foram paralisados às 5h da manhã e assim permaneceram até o meio da manhã, sendo impedidos de seguir do Pará para o porto de São Luís no Maranhão.