Mais de 500 trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade ocuparam a Avenida da Paz, em Maceió, e marcharam juntos, neste 7 de setembro, por justiça social, contra o extermínio do povo pobre, pela democratização da mídia e por um Brasil soberano.
(Fonte: CPT Alagoas/Foto: Lara Tapety)
O 21º Grito dos Excluídos, realizado em todo o país com o lema Que país é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome?, questionou a comemorada independência brasileira, buscando unir os oprimidos para lutar por direitos e por um país sem desigualdades.
“Gritamos bem alto para que não haja mais gente passando fome, vivendo sem-terra, sem-teto e sem direitos básicos. Nosso grito hoje, repete as palavras do Papa Francisco: ‘nenhuma família sem-teto, nenhum camponês sem-terra, nenhum trabalhador sem direitos’”, afirmou Carlos Lima, coordenado da Comissão Pastoral da Terra.
Marcha
Pastorais Sociais da Igreja Católica, a CPT, MST, MLST, CUT, UP, PCR e a Consulta Popular estiveram presentes no Grito de Alagoas, que tomou às ruas e percorreu o trajeto do desfile cívico, convidando a população para se reconhecer enquanto excluídas pelo capitalismo e marchar junto.
Em todo o percurso, os manifestantes foram aplaudidos. Em frente ao palanque do Governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), foram denunciados a grande quantidade de crimes no estado e a necessidade de investir na saúde, educação e moradia.
O caso Davi Silva – adolescente torturado e assassinado pela PM/AL há um ano - teve grande tônica no ato, a ponto de o Governador responder ao Grito, dizendo que acionará a Polícia Civil para que dê celeridade a solução desse assassinato.
“Estamos aqui para dizer que os jovens estão morrendo nas favelas. Como Davi era negro, pobre e morador da periferia, os seus assassinos ainda não foram julgados e condenados. É preciso que acabe com a impunidade nesse estado”, denunciou Magno Francisco, primo de Davi e militante da Unidade Popular pelo Socialismo (UP).