Começou na manhã desta terça-feira (25/5) a II Assembleia Popular Nacional – Mutirão por um novo Brasil, cinco anos após a realização da primeira deste tipo. Lutadores do povo de todas as regiões do país estão reunidos em Luziânia (GO) para aprofundar o debate sobre um Projeto Popular para o Brasil
Lutadores do povo de todas as regiões do país estão reunidos em Luziânia (GO) para aprofundar o debate sobre um Projeto Popular para o Brasil.
Começou na manhã desta terça-feira (25/5) a II Assembleia Popular Nacional – Mutirão por um novo Brasil, cinco anos após a realização da primeira deste tipo. “Caminhamos!”, anunciou o porta-voz da recepção. E continuou: “com a coragem de Tupac Amaru e todos os povos indígenas, dos negros quilombolas e sua Umbanda, dos guerreiros de Canudos, dos operários em greve, da juventude e suas conquistas, de uma Igreja que se aliança com o povo, espalhando um Cristo libertador, caminhamos inspirados por todos os lutadores e lutadoras do povo!”
Reunidos no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), em Luziânia (GO), uma ampla diversidade de movimentos sociais do campo e da cidade novamente se encontram para avaliar a trajetória desafiadora dessa tentativa de unidade na classe trabalhadora. De 25 a 28 de maio, os movimentos oriundos de todas as regiões do país devem elencar os desafios para a consolidação de um Projeto Popular para o Brasil e aprofundar o estudo sobre os direitos a serem conquistados pelo povo (nos eixos direitos ambientais, sociais, políticos, culturais, civis e econômicos).
No horizonte, está o fortalecimento da organização em níveis nacional, regionais e locais, com a garantia de circulação de informações. A estratégia da Assembleia Popular (AP) está alicerçada no trabalho de base para aperfeiçoar seu poder organizativo e ampliar as conquistas nas lutas. Desde 2005, a AP vem dando passos para consolidação de uma soberania popular, que refletirá as reais demandas do povo. A primeira AP Nacional lançou o debate de um novo projeto a partir das diversidades, com foco nos vários biomas do país e seus povos. De lá para cá, vários episódios marcaram a trajetória coletiva: os plebiscitos contra a Alca e a Privatização da Vale e as campanhas “O preço da energia é um roubo” e contra as medidas da elite para conter os efeitos da crise econômica mundial.
A diferença entre a primeira Assembleia em 2005, com a participação massiva de mais de cinco mil militantes, e esta nova edição é que, “hoje, tivemos tempo para experimentar e questionar nosso modelo de democracia e de capilarizar essas experiências”, nas palavras de Luis Bassegio, representante da Coordenação Nacional da AP. Para ele, o Projeto Popular para o Brasil já está em construção e é uma responsabilidade histórica da classe trabalhadora.
Até o fim do evento, as delegações dos Estados debaterão a atualidade deste Projeto Popular, em referência com os eixos de aprofundamento sobre os direitos e com as realidades locais. Numa feira pedagógica, as várias experiências das Assembleias Estaduais serão compartilhadas entre os participantes, numa metodologia inovadora de intercâmbio militante e cultural. Um documento com a síntese dos debates e os encaminhamentos comuns será aprovado na plenária final.