Dos 6 mil Sem Terra que participam da marcha estadual do MST na Bahia, 3.500 são jovens, e têm o desafio de levar adiante a luta pela Reforma Agrária.
(Fonte: Página do MST)
A Marcha do MST na Bahia, que mobiliza cerca de 6 mil trabalhadores de dez regiões do estado, reúne mais de 3.500 jovens.
A Juventude Sem Terra, em parceria com o Levante Popular da Juventude e o Núcleo de Estudo e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA), estão denunciando o agronegócio e pautando a Agricultura Camponesa como principal produtora de alimentos no país.
Vanessa Barbosa (19), do Assentamento Rosinha do Prado, no extremo sul baiano, afirma que “aos poucos a juventude vem se organizando, sobretudo na construção de cursos de formação política”.
Uma das tarefas abraçadas pelos jovens durante a marcha é o trabalho com a cultura, animação, formação e consolidação de um coletivo na Bahia, capaz de fortalecer o debate da Reforma Agrária Popular nos diversos campos sociais.
Para isso, a mística em torno destas questões os colocam como principais protagonistas da luta contra o capital. Tendo como ferramenta discursiva e prática a comunicação popular e agitação e propaganda.
Por conta das inúmeras contradições da luta no campo, a juventude convive com diversos problemas. O êxodo rural é um exemplo, pois boa parte migra para as cidades a procura de educação superior ou técnica, atenção básica de saúde e moradia.
Estas questões dificultam que a juventude complete ciclos de sua organicidade dentro das instâncias do Movimento.
Assembleia da Juventude
Durante o processo de luta em Marcha, os jovens terão a tarefa de realizar a 1º Assembleia da Juventude.
O espaço acontecerá na próxima terça-feira (17), em Salvador, e possui o objetivo de debater sobre os novos desafios que virão, e como os jovens podem influenciar nos próximos rumos do Movimento.
A assembleia cumpre o papel de continuar com a formação política, impulsionar e fortalecer a participação.