COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

As ações são contra a liberação dos eucaliptos transgênicos, a ser votada nesta quinta na CTNBio, em Brasília. Os protestos fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas

 


(Fonte: Página do MST)


Cerca de 300 camponeses e camponesas organizados pela Via Campesina ocuparam, no início da tarde desta quinta-feira (5), a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Na pauta, a liberação de três novas variedades de plantas transgênicas no Brasil: o milho resistente ao 2,4-D e haloxifape além do eucalipto transgênico. A reunião foi interrompida e a votação passará para a primeira quinzena de abril.

 

Na manhã desta quinta, outras mil mulheres do MST dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ocuparam a empresa FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda., da Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga, em São Paulo.

 

 O local da ocupação em Itapetininga é onde está sendo desenvolvidos os testes com o eucalipto transgênico, conhecido como H421. Na ocasião, as Sem Terra destruíram as mudas dos eucaliptos transgênicos.

 

A ação, que faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, pretende denunciar os males que uma possível liberação de eucalipto transgênico, a ser votado na CTNBio, pode causar ao meio ambiente.

 

De acordo com Atiliana Brunetto, integrante da direção nacional do MST, o histórico das decisões da Comissão atenta à legislação brasileira e à Convenção da Biodiversidade do qual o Brasil é signatário.

 

“O princípio da precaução é sempre ignorado pela CTNBio. A grande maioria de seus integrantes se colocam em favor dos interesses empresariais das grandes multinacionais, em detrimento das consequências ambientais, sociais e de saúde pública”, observa.

 

Para Brunetto, todo transgênico aprovado significa mais agrotóxicos na agricultura, já que os pacotes aprovados para comercialização sempre incluem um tipo de veneno agrícola.


“O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Uma pesquisa recente da Universidade de Brasília concluiu que, na hipótese mais otimista, 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são impróprios para o consumo somente por conta de contaminação por agrotóxicos”, completou.

 

No caso do eucalipto, o pedido de liberação do transgênico é da Suzano, empresa de papel e celulose.


“Se aprovado pela comissão esse pedido, o eucalipto reduziria sua rotação de seis/sete anos para, apenas, quatro anos. O gasto de água será maior que os 25 a 30 litros/dia de por cada eucalipto plantado que se utiliza hoje. Estamos, novamente, chamando atenção para o perigo dos desertos verdes”, afirmou Catiane Cinelli, integrante do Movimento de Mulheres Camponesas. 

 

Confira mais imagens da manifestação

 

 

 

 

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline