COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Índios de etnias do Tocantins e de Goiás ocuparam a recepção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Eles protestam contra a possibilidade da senadora Kátia Abreu (PMDB) ser ministra da Agricultura. "Nós elegemos o governo do PT. A senadora Kátia Abreu é uma destruidora do meio ambiente. Se ela já faz o que faz sendo senadora e presidente da CNA, imagina se virar ministra", afirmou Wagner Katamy, da etnia tocantinense Krahô Kanela; eles prometem mais manifestações

 

(Fonte: Brasil 247/ Imagens: Cimi)

Um grupo de índios de etnias do Tocantins e de Goiás realizaram nesta sexta-feira, 5, protestos em Brasília contra a ida da senadora Kátia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura. 

Vestidos a caráter e portando faixas, os indígenas ocuparam a recepção da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Eles fizeram uma roda em torno de uma imagem religiosa e também se manifestaram contrários à PEC 215, que transfere ao Poder Legislativo a responsabilidade de decidir sobre as demarcações de terras indígenas, atualmente sob a competência da Fundação Nacional do Índio (Funai).

O índio Wagner Katamy, 28 anos, líder do grupo que reunia índios da etnia tocantinense Krahô Kanela, criticou Kátia Abreu e disse que será uma vergonha se a presidente Dilma Rousseff nomear a senadora como ministra da Agricultura. 

"Nós elegemos o governo do PT. Dizem que somos minoria, mas somos maioria. A senadora Kátia Abreu é uma destruidora do meio ambiente, porque defende o plantio de soja e eucalipto. Não concordamos nem aceitamos que a presidente Dilma indique esta senadora. Se ela já faz o que faz sendo senadora e presidente da CNA, imagina se virar ministra", afirmou. 

Outra representante dos índios na manifestação, Dalma Régia disse que eles estão em Brasília desde segunda-feira para tentar mostrar à sociedade como pensam. "Se ela [a PEC 215] for aprovada, será o fim de todos os povos indígenas. Nossos rios acabaram. O agrotóxico está acabando com o mundo", declarou. "Não aceitamos ela [Kátia Abreu] como ministra da Agricultura”.

Os cerca de 40 indígenas ficaram no local por volta de duas horas. Por volta das 13h15 desta sexta-feira, deixaram o local sem que houvesse nenhum incidente.

Funcionários da CNA afirmaram que não houve conflito. Eles disseram à reportagem que o grupo também não ofendeu ninguém.

 

 

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline