As famílias Sem Terra denunciaram a expulsão de suas terras para que as mesmas fossem integradas ao complexo Santa Mônica. A ocupação da Agropecuária Santa Mônica entra em seu terceiro dia com mais de 3.000 famílias Sem Terras já organizadas em barracos e pequenas cozinhas. O acampamento foi batizado com o nome de Dom Tomás Balduino, uma homenagem ao bispo emérito de Goiás que dedicou a sua vida na luta pela Reforma Agrária.
(MST)
Ainda no primeiro dia de ocupação (31/08), as famílias acampadas realizaram uma assembleia, onde tiveram a oportunidade de denunciar a expulsão de suas terras para que as mesmas fossem incorporadas à fazenda do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). “Quais os interesses de um senador do Ceará em acumular mais de 20 propriedades, muitas delas de numerosas famílias camponesas, em uma cidade do estado de Goiás, perfazendo um total de mais de 20 mil hectares? Fica claro que o objetivo é exclusivamente a especulação financeira da área, que está localizada entre Brasília e Goiânia, uma das regiões que mais cresce no país”, manifestou o Movimento através de nota.
Para o MST, a única alternativa é a destinação da área para a reforma agrária. “Apresentamos como exigência a desapropriação de todo o complexo e o assentamento das famílias. Para isso, já iniciamos as negociações com os Governos Federal e Estadual. Essa ocupação é a oportunidade da presidenta Dilma concretizar o que tem defendido como reforma agrária: assentar famílias em terras de boa qualidade, próximas dos centros urbanos, para produzir alimento para a população”, completou.