Grupo saiu do município de Murici para Maceió na segunda-feira passada (4/11) e chegou à capital no dia 08. Eles cobraram desapropriação de áreas e melhorias em assentamentos.
(Portal G1)
Após cinco dias de marcha e mobilizações, os cerca de dois mil integrantes dos movimentos rurais de Alagoas retornaram para seus assentamentos no interior. Eles estavam acampados na praça Sinimbu, no centro de Maceió, em frente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Os trabalhadores são ligados aos movimentos Libertação dos Sem Terra (MLST), Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Luta Pela Terra (MLT) e Comissão Pastoral da Terra (CPT). Durante as manifestações, eles cobraram imediata desapropriação das áreas onde atualmente famílias acampadas vivem sob forte ameaça de despejo e melhorias para assentamentos.
O grupo saiu da cidade de Murici na segunda-feira (4) em direção à capital. Na manhã de terça-feira (5), o grupo marchou de Messias até Rio Largo, onde parou para almoçar, na sede do curso de Agronomia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Integrantes dos movimentos destruíram amostras de materiais de pesquisa e estufas de vidro do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Após marcharem de Rio Largo até Maceió e ocuparem o prédio da Eletrobrás, no bairro da Gruta de Lourdes, integrantes dos movimentos saíram em caminhada em direção ao centro da cidade.
No caminho, eles fizeram uma parada e ocuparam o estacionamento do Parque Shopping Maceió, localizado no bairro de Cruz das Almas. No mesmo dia, os sem-terra ocuparam a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) e se reuniram com representantes do governo de Alagoas.
Para lideranças dos movimentos, a marcha foi bastante positiva porque eles puderam fazer suas reivindicações e conseguir que muitas delas fossem atendidas. “Conseguimos, através das mobilizações, realizar contato direto com o governo federal e a doação de alimentos, lona preta e água às famílias”, falou José Roberto, da coordenação nacional do MST.
O coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima, disse que a quinta-feira (7) foi “um dia intenso de luta e ocupações” e que os resultados foram bastante positivos.