Três mil camponeses e camponesas ocupam, em Goiânia, desde as 6 horas da manhã de hoje (16), os prédios da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás e da Superintendência Federal da Agricultura.
(MCP)
A mobilização é realizada pelo Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) e integra o Levante Unitário de Lutas do Campo, realizado de 14 a 18 de outubro em todo o Brasil.
A pauta unitária reivindica: permanência das famílias no campo; qualidade de vida; renda; direitos iguais para mulheres e homens; produção de alimentos saudáveis; e reforma agrária. Durante o ano as organizações do campo realizaram lutas com marchas, ocupações de órgãos públicos e de estradas. Houve avanços, mas eles não foram o suficiente, por isso as ações continuam e serão intensificadas nesta semana.
A agricultura familiar camponesa é responsável pela produção de mais de 70% da comida que vai á mesa dos brasileiros e emprega 45% a mais de trabalhadores por hectare que o agronegócio. Em contrapartida, o agronegócio segue ano após ano como prioridade dos governos federal e estadual. As mobilizações revelam aos goianienses o descaso do poder público com os povos do campo.