Representantes de várias etnias indígenas e ativistas do Greenpeace realizam protesto na manhã desta terça-feira na Praça dos Três Poderes. No mastro da bandeira nacional, abaixo da bandeira do Brasil, foi esticado um banner com os dizeres “Nossos bosques têm mais vida” e colocada uma bandeira do povo Munduruku.
(Texto: O Globo e CPT. Foto Mídia Ninja)
O protesto pacífico teve a intenção de chamar atenção para o avanço de propostas no Congresso que tentam retalhar os direitos dos indígenas à terra. Centenas de índios dançaram e cantaram ao redor do mastro, como forma de apoio à mobilização. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, defendida por parlamentares ruralistas, alteraria o processo de demarcação de terras indígenas.
Os índios montaram acampamento na Esplanada dos Ministérios. Eles estão na capital federal para pedir ao governo proteção de seus direitos ao longo da semana de 1° a 5 de outubro, quando se comemora os 25 anos da promulgação da Constituição de 1988.
- Essa não é uma luta apenas dos povos indígenas, é uma luta do país. Esses políticos que tentam rever os direitos indígenas são os mesmos que aprovaram os maiores retrocessos ambientais do Brasil nos últimos anos. A bancada ruralista precisa ser freada para não colocar em risco o patrimônio cultural e ambiental do Brasil - comenta Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace Brasil.
Informações:
A Mobilização Nacional Indígena iniciou-se nesta segunda-feira (30) e segue até o dia 5 de outubro. A mobilização foi convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para defender a Constituição, os direitos de povos indígenas e tradicionais e o meio ambiente. Estão previstas diversas ações em várias cidades brasileiras.
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