Nesta terça-feira, 20, trabalhadores do campo de todo o país estarão em Brasília para a "Primeira Mobilização Nacional dos Assalariados e Assalariadas Rurais", organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs).
A mobilização tem o objetivo de dar visibilidade à discussão sobre o modelo de desenvolvimento agrícola brasileiro, baseado no latifúndio e na insustentabilidade. Segundo a Contag, ainda que a agricultura gere riquezas para o país, aproximadamente 3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais permanecem em situação degradante, tendo seus direitos, como registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social ou garantia de segurança e condições sanitárias nos locais de trabalho, ignorados.
Os movimentos exigem a criação de uma Política Nacional para os Assalariados e Assalariadas Rurais que contemple a geração de emprego, renda, educação, requalificação e que combata a informalidade.
Trabalhadores rurais ligados ao Movimento de Luta pela Terra (MLT) estão acampados em frente ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília, desde segunda-feira, 19. Eles reivindicam a efetiva implantação de uma reforma agrária no Brasil e agilidade no assentamento de famílias acampadas.
O movimento contesta dados apresentados pelo Incra de que no ano passado 20,6 famílias teriam sido assentadas em uma área total de 2,5 milhões de hectares. Segundo o MLT, os números reais seriam de 5,7 mil famílias assentadas em 328,2 mil hectares. Os trabalhadores também alegam demora na efetivação dos assentamentos, que leva em média nove anos, e reivindicam aumento no valor dos recursos repassados pelo governo ao Incra para fins de reforma agrária.
Fonte: Agência Contag e Portal CTB