COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

por Pe. Luis Miguel Modino, Assessor de Comunicação CNBB Regional Norte 1
e Vívian Marler, Assessora de Comunicação CNBB Regional Norte 2 


Imagens: Assessoria de Comunicação da CNBB Regional Norte 1 / 

 Pascom da Prelazia do Marajó

Edição: Comunicação CPT Nacional 

A cidade de Soure (PA), sede da prelazia do Marajó, acolheu na noite do sábado, 27 de julho de 2024, a posse canônica de dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, nomeado pelo Papa Francisco no dia 03 de novembro de 2023. A celebração de início da missão contou com a presença do núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, mais 16 bispos vindos das Arquidioceses de Belém, Santarém (PA) e Manaus (AM); Dioceses de Marabá, Cametá, Alto Xingu, Altamira, Bragança e Abaetetuba (PA); Roraima (RR); Palmas e Miracema do Tocantins (TO); e da Prelazia de Tefé (AM).

Dentre as lideranças eclesiásticas, estavam presentes: dom Irineu Roman, arcebispo de Santarém e presidente do Regional Norte 2 (Pará / Amapá), do qual faz parte a prelazia do Marajó; o cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 (Amazonas / Roraima), onde dom Ionilton era bispo na prelazia de Itacoatiara (AM), e o atual bispo de Roraima, dom Evaristo Spengler, que foi seu predecessor como bispo do Marajó.

A população marajoara também marcou presença, além de padres, religiosas, representantes do laicato, familiares (irmã, primas e sobrinhos) e amigos de dom Ionilton, chegados de vários estados do Brasil, e agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da secretaria nacional e regionais Pará e Maranhão, instituição na qual ele atua como presidente.

Equipes da CPT e CNBB se deslocando para a posse de dom Ionilton

"Quando há partilha, todos comem e sobra"

Na homilia, o novo bispo do Marajó iniciou lembrando a atitude do profeta Eliseu, em uma atitude de solidariedade com quem passa fome, questionando se nós, “sabemos ser solidários e partilhar o que temos com quem não tem?”, ressaltando que “quando há partilha, todos comem e sobra; sem partilha alguns comem e outros passam fome”. Uma ideia também presente no Salmo 144, que mostra que saciar a fome é projeto de Deus, e que “a fome é negação da vontade de Deus; injustiça; má distribuição da renda e dos bens”.

Durante a homilia, Dom Ionilton questionou os presentes sobre como cada um estava dando seu testemunho de Fé diante de tanta miséria (Foto: Prelazia de Itacoatiara)

Seguindo as palavras de Paulo aos Efésios, o bispo do Marajó fez um chamado a avaliarmos “a vivência de nossa vocação de leigo, consagrado, ministro ordenado, missionário”, perguntando se “Estamos sendo coerentes? Estamos dando testemunho?”. Ele refletiu sobre o chamado a se suportar, na perspectiva de “dar suporte, sustentar, apoiar, ser presença solidária”.

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As sandálias e o cajado simbolizando a vida humilde e a vida episcopal de Dom Ionilton, e o barco representando o futuro do novo bispo da Prelazia do Marajó que levará a Palavra às comunidades marajoaras (Foto: Prelazia do Marajó)

Jesus andante, missionário

No Evangelho, dom Ionilton destacou a atitude de Jesus andante, missionário, questionando para onde devemos ir em missão. Ele destacou que a preocupação de Jesus é que o povo coma, fazendo um chamado a fazer a mesma coisa. Ele lembrou as palavras de Papa Francisco, que considera um escândalo que muitos ficam sem o pão de cada dia, mesmo sendo produzida comida suficiente; que define a fome não só como uma tragédia, mas também uma vergonha. Isso tem que levar a superar a lógica fria do mercado, a não submeter os alimentos à especulação financeira, seguindo as palavras do Papa, que chama a criar um Fundo mundial para acabar com a fome com o dinheiro usado em armas e em outras despesas militares.

São atitudes que são puro Evangelho, insistiu dom Ionilton, que afirmou, seguindo a atitude do menino na passagem do Evangelho, que “Jesus quer que todos se envolvam e colaborem para saciar a fome das pessoas e aponta a partilha como o caminho para que a fome seja saciada e eliminada entre nós”, e que “não se pode estragar alimentos em uma sociedade de milhões de famintos”.

Dom Ionilton recebendo a estola que pertenceu ao frei João Xerri das mãos das coordenações nacional e regionais da CPT (Foto: Prelazia do Marajó)

A Comissão de Pastoral da Terra (CPT) fez-se presente através do presidente da coordenação nacional e das coordenações dos Regionais Norte 2 (Pará) e Nordeste 5 (Maranhão), que presentearam Dom Ionilton com a estola do frei João Xerri, um militante da solidariedade: “junto com meus amigos do Maranhão e Pará, queremos entregar um presente dos Dominicanos. Esta estola pertenceu ao frei dominicano João Xerri, que teve uma vida totalmente dedicada aos pobres. Dom Ionilton, nessa simplicidade, nesse jeito baiano de ser que assumiu a Amazônia, é uma pessoa que tem muito a nos oferecer”, disse Carlos Lima, presidente nacional da CPT.

Estar aqui como aquele que deve servir

No final da celebração, o novo bispo disse ter se esforçado bastante nos sete anos de bispo na prelazia de Itacoatiara para viver seu lema episcopal: “Estou no meio de vós como aquele que serve”, dizendo ter essa mesma disposição para sua nova missão: “estar aqui com vocês como aquele que deve servir, seguindo o exemplo do Mestre Jesus”.

Uma missão que acolheu diante do pedido da Igreja, ressaltando que “como Religioso Vocacionista, sempre acolhi as transferências como expressão da vontade de Deus”. Ele disse estar no Marajó “para ser mais um servidor, para somar com todas as forças vivas que já estão aqui fazendo a missão evangelizadora da Igreja acontecer, de todas as vocações, Leigos e Leigas, Ministros Ordenados, Seminaristas e Irmãos e Irmãs da Vida Consagrada e das Comunidades de Vida”.

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Dom Ionilton Lisboa recebe o báculo das mãos do Núncio Apostólico Giambatistta Diquattro (Foto: Regional Norte 1)

Trabalhar juntos e juntas

A todos e todas, ele fez um pedido: “vamos juntos e juntas trabalhar para fazer o Reino de Deus continuar crescendo neste chão da Prelazia de Marajó. Vamos continuar sendo uma Prelazia Evangelizadora, Missionária, Ministerial, Samaritana e Ecológica”. Dom Ionilton disse chegar para ser bispo de todos, “mas deverei ser, de modo especial, o bispo de quem mais precisar de ajuda e apoio”, o bispo “de modo especial dos empobrecidos, excluídos e marginalizados, os preferidos de Jesus”, dando continuidade “à missão dos dois últimos irmãos bispos, Dom José Luis Azcona, OAR e Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, com as necessárias adaptações que a realidade eclesial e social exigirem”.

Igualmente, o bispo disse chegar para continuar encarnando na realidade da Prelazia do Marajó as orientações do Papa Francisco, da CNBB Nacional e Regional Norte 2, do Sínodo para a Amazônia, das decisões do Encontro da Igreja na Amazônia (Santarém 2022), e as decisões da última Assembleia da Prelazia do Marajó em 2022. Ele enviou sua saudação ao povo da prelazia, aos servidores da Cúria, e lideranças eclesiais, ao administrador da prelazia no tempo da vacância de bispo, aos membros dos diversos conselhos, com quem disse querer contar.

Citando Santo Agostinho, “Para vocês sou bispo; com vocês sou cristão”, pediu que rezassem pelo seu serviço na prelazia, agradecendo a presença dos padres, consagrados, missionários, leigos e leigas, do Núncio apostólico e dos bispos, e daqueles que chegaram da prelazia de Itacoatiara, de sua Congregação Vocacionista, e de sua família, dos agentes da Comissão Pastoral da Terra, e de todos os que colaboraram na organização da celebração.

Dos 16 municípios que compõem o arquipélago, nove deles são parte da Prelazia do Marajó: Anajás, Afuá, Bagre, Breves, Chaves, Melgaço, Portel, Salvaterra e Soure. 

Padre Casimiro Antoni Skorski, administrador diocesano, apresentou a Prelazia do Marajó, seus municípios, os padres, e apresentou o povo marajoara como a sua maior riqueza: “Coube a mim, um simples operário, preparar a nossa prelazia para a sua chegada. Na história dos 94 anos de caminhada da Prelazia do Marajó, hoje o senhor vai encontrar nove municípios, dez paróquias, dez padres agostinianos recoletos, três padres missionários de Fideldone da Polônia, três padres da comunidade Providência Santíssima, totalizando 26 padres trabalhando na prelazia. Várias comunidades de vida novas e seis seminaristas. E o povo, que é a nossa maior riqueza dessas terras. […] Sua nomeação é um Ato de Fé para esta Igreja, seja bem-vindo, a casa é sua, fica à vontade, conte com a nossa colaboração”, disse o administrador que ficou quatorze meses à frente da administração da prelazia.

"O maior tesouro desse arquipélago, dessas águas e dessas terras é o povo marajoara"

O antecessor de Dom Ionilton, Dom Evaristo Spengler, bispo da Diocese de Roraima, convidou Dom Pedro Brito e a Irmã Irene a acompanhá-lo nas boas-vindas, e apresentou aos presentes a diretoria da Rede Eclesiástica Pan-Americana – REPAM, a qual Dom Ionilton faz parte como secretário. Ao dividir a fala com Dom Pedro, Arcebispo de Palmas, no Tocantins, apresentou a importância do trabalho junto as comunidades no Marajó.

“Você está vindo para uma prelazia que já tem 94 anos de história, você vem para uma terra que tem sim, problemas sociais e a Igreja, historicamente, já há décadas tem, em decorrência da sua Fé, enfrentado essa busca com muita força. Mas o maior tesouro desse arquipélago, dessas águas e dessas terras, eu posso dizer com toda certeza, é o povo marajoara, que é um povo de muita fé, é um povo acolhedor, é um povo que busca a Deus com todo o seu coração, que não distingue a sua vida e a sua fé. A Igreja é a sua vida no dia a dia”, disse Dom Evaristo, relembrando sua passagem pela Ilha.

Dom Pedro Brito, Arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica, enalteceu o trabalho realizado por Dom Ionilton como secretário da REPAM “a REPAM Está completando dez anos, nasceu sob a figura de Dom Cláudio Hummes, a quem nós temos muita reverência e muita deferência, e hoje está sob a nossa direção, a qual Dom Ionilton é o secretário, é aquele que guarda os segredos, é aquele que guarda os segredos bons. Mas hoje eu vim com uma missão, de lhe presentear com um símbolo que será a marca de seu trabalho, um barco, um símbolo que lhe fará navegar nesses mares tão bonitos da terra de Marajó, que lhe é ofertado com muita alegria, com muita fé, com muito amor, esse presente será importante para navegações, visitações, para o seu caminhar. Deus o abençoe!”, disse Dom Pedro.

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Cardeal Dom Leonardo Ultich Steiner, Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, durante seu discurso (Foto: Regional Norte 1)

O Cardeal Dom Leonardo Ultich Steiner, Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, expressou sua preocupação inicial quanto a nomeação de Dom Ionilton para a Prelazia do Marajó, mas o que ele encontrou acalmou o seu coração: “eu queria agradecer primeiro a vocês [povo marajoara], que não sabem a aflição que tinha no meu coração quando começaram a chegar as notícias daqui, foi uma aflição. E hoje, vendo aqui esse modo de receber, esse modo carinhoso de receber para ele [Dom Ionilton], para mim é um grandíssimo alívio e motivo de grande alegria de vocês. Fomos enviados pelo Papa Francisco para a Amazônia como missionários e nós estamos muito felizes por estar aqui, tanto Dom Ionilton quanto eu, estamos muito felizes por estarmos na Amazônia e podermos experimentar esse Dom da Fé, esse modo de ser das comunidades, esse modo de mostrar que a fé é aquilo que anima, conduz, é sempre de novo, fortifica”, disse o Cardeal.

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Padre Danilo da Prelazia de Itacoatiara durante os agradecimentos a Dom Ionilton, pelos serviços prestados naquela prelazia (Foto Regional Norte 1)

A Prelazia de Itacoatiara fez-se presente nas palavras do padre Danilo: “Nosso querido Dom José Ionilton, muito obrigado! Na bula que foi lida no início dessa celebração, o Papa dizia as suas virtudes humanas e pastorais que todos nós passamos também a perceber ali de perto, no dia a dia, na convivência, na caminhada da sua maneira de viver, sua simplicidade na sua maneira de estar próximo, de amar as pessoas. E quantas vezes nós, como prelazia, tentamos amarrar seus pés, suas mãos, muitas vezes dizer o que eu devia ou não o senhor deveria falar. E nós fomos percebendo que isso era impossível, porque jamais seria possível calar a voz de um grande profeta ali no nosso meio. E com a sua maneira de viver o Evangelho, foi nos revelando que isso era próprio de Deus, na nossa vida, no nosso caminhar, sua presença no nosso meio. Provocou a nossa acomodação, provocou o que nos tirou do nosso conforto para viver de maneira autêntica ao Evangelho. Tudo isso vai ficar também no nosso coração. O senhor não veio embora de Itacoatiara, permanece nos corações que o Senhor adentrou, nos lares que lhe recebeu ali”, disse emocionado o padre que foi um dos assessores diretos de Dom Ionilton em Itacoatiara.

Ao falar do amor por Marajó, Frei João Manoel, secretário da Província São Tomás Vilanova, dos Agostinianos Recoletos, colou a sua Congregação a disposição para a continuidade da missão “Marajó é nosso amor, nossa pérola. Hoje em dia estamos em três paróquias, dez padres da nossa província fazemos nossa missão pelo Evangelho e por amor a Deus. Conte com a nossa comunhão, com o nosso apoio, com nossa entrega a esse povo marajoara que a gente tanto ama”, disse

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Nuncio Apostólico Giambattista Diquattro durante a leitura da mensagem do Papa Francisco (Foto Regional Norte 1)

Representando o Papa Francisco, o Nuncio Apostólico Giambattista Diquattro a manifestou o desejo do Santo Padre “estou aqui para transmitir a proximidade e o afeto do Santo Padre Francisco para com Dom José Ionilton, com a Prelazia de Marajó. Esta atenção especialíssima do Papa se manifesta neste momento solene da história da Prelazia. E enquanto o Santo Povo de Deus se prepara para celebrar o próximo ano Jubilar, o ano no qual a Palavra, a Palavra, a chave para o caminho da Igreja Universal desta Igreja será a palavra sinodalidade, ou seja, comunhão no caminho, amor a Jesus, seus irmãos, amor pela Igreja, ou seja, no seu Espirito Santo e no seu desejo que todos nós estejamos em unidade com Ele”, e continuou contando sobre sua promessa a Dom Azcona.

“Quando eu visitei Dom José Luis Azcona Hermoso, assegurei de que rezaríamos pela sua saúde e agora convido a todos juntos a rezarmos pela saúde de Dom Azcona um Pai Nosso Pai” disse, convidando os presentes a ficar de pé para a oração.

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Prelazia do Marajó oferece, simbolicamente, um remo de boas-vindas a Dom Ionilton Lisboa (Foto Prelazia do Marajó)

A Prelazia do Marajó ofertou ao seu novo bispo um remo, como um simbolismo as boas-vindas e o desejo de uma ótima missão “queremos entregar este remo como um símbolo que representa os marajoaras para que o Senhor possa somar a nós na missão de poder, junto com esse povo que na fé tem uma devoção muito bonita também a Nossa Senhora. Para o senhor poder navegar, poder remar por esses muitos rios que têm o Marajó. Queremos que o senhor se sinta acolhido em nossa Prelazia e some conosco, remando nesses rios”.

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Dom Ionilton Lisboa durante seu discurso de agradecimento (Foto: Regional Norte 1)

Ao final da celebração Dom Ionilton Lisboa, externou sua gratidão a todos que o acompanharam ao logo de sua vida e falou sobre sua nova missão na Prelazia do Marajó “vou dirigir essa mensagem a Igreja do Marajó, que me acolhe nesta noite para ser o seu quinto bispo ‘Eu estou no meio de vós como aquele que serve’, esse foi o versículo do Evangelho de Lucas 22, 27, que eu escolhi como meu lema de ordenação. Inicio hoje o meu serviço de Bispo aqui na Prelazia do Marajó do Marajó, com a disposição daquele que deve servir, seguindo o exemplo do Mestre Jesus.

[…] E estou aqui para somar com todas as forças vivas que já estão aqui fazendo a missão evangelizadora da Igreja acontecer. As forças de todas as vocações, dos leigos e leigas, ministros, ordenados, seminaristas, irmãos e irmãs da vida consagrada e das comunidades de vida. Vamos juntos e juntas trabalhar para fazer o Reino de Deus continuar crescendo nesse chão da Prelazia do Marajó.

Vamos continuar sendo uma Prelazia Evangelizadora, missionária, ministerial, samaritana e ecológica. […] tenho consciência que eu deverei ser, de modo especial, o bispo de quem mais precisarei de ajuda e apoio. Eu vim para ser o bispo de todas as pessoas, mas tenho consciência que deverei ser o bispo, de modo especial dos empobrecidos, dos excluídos, dos marginalizados, os preferidos de Jesus.

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Povo marajoara junto com convidados e familiares de Dom Ionilton Lisboa presentes na Celebração de sua Posse como o bispo da Prelazia do Marajó (Foto: Prelazia do Marajó)

Eu vim para dar continuidade à missão dos nossos bispos que me antecederam aqui de modo particular dos últimos dois irmãos bispos, Dom José Luiz Azcona e Dom Evaristo Pascoal […] Eu vim, para dar continuidade à missão que eles já desenvolveram. É claro que com as necessárias e precisas adaptações, porque a realidade eclesial e social muda e, portanto, exige também mudanças no jeito da gente fazer a missão acontecer. Eu vim para continuar encarnando na realidade da Prelazia do Marajó, às orientações do Papa Francisco, da CNBB nacional e regional Norte 2, do Sínodo para a Amazônia […] Eu quero mandar a minha saudação aos moradores de cada município, católicos e não católicos, cristãos e não cristãos, crentes e não crentes que compõe a Prelazia do Marajó […] Rezem pelo meu serviço aqui na Prelazia de Marajó, eu sempre, desde o dia 3 de novembro, estou rezando por vocês. Nossa Senhora da Consolação interceda a Deus por nós […] E é claro, a nossa gratidão àquele que é a razão de ser de tudo que é o nosso Deus. Ele foi quem nos criou. Ele foi quem nos deu o Dom da Fé. Ele foi quem nos chamou a uma vocação. Ele foi quem nos confiou uma missão através da Igreja. Louvado seja Deus! Laudato Si!”, concluiu o novo bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira.

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