Da Coordenação da CPT Regional São Paulo
A coordenação estadual da COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT) DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB, reunida nos dias 16, 17 e 18 de Fevereiro de 2024, na sede da Escola Nacional Paulo Freire, nesta capital paulista, junto com os Coordenadores Regionais, vem à público, através desta nota expor nossas posições com relação aos seguintes temas:
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO
Não podemos fechar os olhos, não podemos nos calar!
11 mil crianças e 20 mil mulheres já foram assassinadas pelo Estado de Israel. Cerca de 1,1 milhão de crianças palestinas que vivem na Faixa de Gaza podem morrer de fome ou por doenças, caso não recebam ajuda humanitária.
Não confundimos o povo judeu com o governo de extrema direita de Netanyahu. A existência do Estado de Israel tem a mesma legitimidade de existir que o Estado da Palestina. O que a humanidade se insurge é contra o genocídio do povo palestino, causado pelos sionistas numa atitude racista e colonialista.
A CPT/SP SUL 1 acredita na liberdade, na democracia e na dignidade da vida humana.
Tudo que impede que estas três condições existam, nos impele a rejeitar e denunciar. Razões pelas quais, clamamos ao Senhor da vida que proteja os inocentes que estão sendo aprisionados num território de 45 quilômetros quadrados, população somada equivalente às populações das cidades de Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Ourinhos juntas.
Comparativamente, é como obrigar toda a população de Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Ourinhos, que se desloquem a um território do tamanho da regional São Mateus, que fica na Zona Leste de São Paulo, compreendendo os bairros de São Mateus, Iguatemi e Parque São Rafael e depois, obriguem esta mesma população a se deslocar para a metade deste mesmo território. É exatamente isso que está acontecendo em Gaza neste momento por ordem do exército de Israel.
Para além das bombas jogadas por aviões de guerra, das rajadas indiscriminadas de metralhadoras manuseadas por soldados israelenses e dos tanques de guerra que atiram a esmo na população civil palestina, este deslocamento sob ameaça de bombardeios, não oferece ajuda humanitária, não permite que medicamentos cheguem aos feridos e não tem água potável para esta população, deixando-as em um campo de concentração a céu aberto, cercados por todos os lados pelo exército de Israel, sem comida, sem acesso à hospitais, sem estradas e sem possibilidade de serem socorridas.
Não existe outra tipificação no Direito Internacional que não seja a de um genocídio com a complacência do governo norte americano e a ação direta do líder extremista da direita israelense, Benjamim Netanyahu.
Somamos a nossa voz a todos e todas que lutam pela liberdade do povo palestino!
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA, SUL 1, São Paulo, 23/02/2024.