Registros apontam que, desde 1985, o fazendeiro Joaquim Matos, em Paragominas (PA), conflitava com aproximadamente 80 trabalhadores, seis dos quais, seus ex-funcionários, fugiram da fazenda em 1988 e denunciaram o regime forçado de trabalho, a ausência de remuneração, a existência de pistoleiros armados, castigos e torturas e a morte de peões que tentavam a fuga.
Todos estes fatos foram admitidos pelo fazendeiro quando foram encontrados instrumentos de tortura na fazenda e denunciado pela morte de três trabalhadores: “Mineiro”, “Rio Grande” (ou “Baixinho”) e Paulo Vieira da Silva. Em uma semana, a justiça lhe concedera habeas corpus. Outro empregado, porém, diante da recusa de pagamento assassinou o fazendeiro com um tiro no rosto.