Três posseiros conhecidos como Quintino Silva Lira (líder posseiro), Bodão e Mão de Sola foram assassinados deliberadamente pela polícia militar enquanto participavam de uma festa na Gleba Cidapar em Vizeu-Ourem. O massacre se soma a uma série de conflitos e assassinatos que começaram a ocorrer pelo menos 10 anos antes deste triste episódio.
Trata-se do conflito entre 10 mil famílias de posseiros (cerca de 50 mil pessoas) e a empresa originária do Rio Grande do Sul, chamada Grupo Real (também conhecida localmente como Grupo Joaquim Oliveira) sobre 387 mil hectares de terra entre os rios Piriá e Gurupi, ao longo da BR 316, que liga o Pará ao Maranhão. As terras estavam sob jurisdição do Incra, Iterpa e Funai. Este foi um dos principais conflitos no campo no Brasil à época.