Cercados por aproximadamente vinte pistoleiros em um barco no município de Canavieiras, quatro posseiros foram mortos: José Cardoso Filho, Raimundo Osmar Alves, João Batista Cardoso dos Santos e João Mineiro. No conflito, como reação, os posseiros mataram dois pistoleiros. Na área, sub judice desde 1979, foram registradas outras investidas e assassinatos. No conflito, de um lado, Eulina do Nascimento se declara proprietária da terra. Em 1982, Gerson Alves do Vale compra o direito a terra. Em 1984, Dely Dias dos Santos (conhecido como “Dely Ruim”, mandante do massacre, conforme confissão de pistoleiros em 1986) afirma ter comprado o direito a terra. Do outro lado, dezenas de famílias posseiras que, mesmo com títulos registrados em cartório, sofreram inúmeras ações extrajudiciais ao longo dos anos. A partir de solicitação da FETAG e da CPT, foi constituída uma Comissão Interministerial (Ministério da Justiça, MIRAD, INCRA e Polícia Federal) para levantamento sobre a posse das terras nos cartórios da região. Em novembro do mesmo ano, o INCRA recebeu as terras para programa de reassentamento.