1 ano após o crime da Samarco (Vale/BHP Billiton), que matou o Rio Doce, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) refez o caminho inverso da lama. A marcha, que percorreu mais de 700 km, se iniciou na Vila de Regência (ES), local onde a lama encontrou o mar, passando por inúmeros municípios às margens do rio até chegar ao seu ponto final: o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), povoado que foi totalmente devastado pela lama.
(Fonte: MAB)
No decorrer dessa jornada de denúncia, luto e luta, atingidos por barragens do Brasil todo trocaram experiências e solidariedade.
Testemunhamos o sofrimento e angústia das pessoas atingidas. Vimos surtos de doenças multiplicando-se aos milhares, famílias com medo de beber a água, sacrificando-se ao buscá-la em locais distantes ou gastando seu dinheiro para comprar água mineral.
Testemunhamos a enorme angústia, inimaginável tristeza de quem perdeu familiares e amigos, suas referências culturais, sua casa, seu meio de subsistência, o seu emprego e trabalho, os pertences pessoais, os brinquedos das crianças, o rio, a água, animais domésticos, peixes e grande parte da natureza.
Testemunhamos também a existência de um povo forte, trabalhador e lutador, que sofre, mas que tem esperança, que quer a justiça, quer seus direitos, e para isto está disposto a se organizar e lutar em um só grito:
A Luta vencerá a Lama!
Confira o documentário na íntegra: