Edione Pessoa da Silva, 26, suspeito do assassinato da militante do MAB, Nicinha (Nilce de Souza Magalhães) fugiu da Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda), em Porto Velho, na última madrugada (11/04). Era o único dos três réus apontados pelo primeiro inquérito da Polícia Civil que estava preso. Depois de três meses nem mesmo o corpo de Nicinha ainda foi encontrado.
(Fonte: MAB/Imagem: Joka Madruga)
Nilce de Souza Magalhães, mais conhecida como ‘Nicinha’, mãe de três filhas, vó de sete netos, pescadora e militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, lutava em defesa da vida, do rio e da floresta, era ribeirinha da beira do rio Madeira, de onde lutava para jamais sair.
Ela “desapareceu” no dia 7 de janeiro de 2016, depois de ser vista pela última vez na barraca de lona onde mora com seu companheiro, Nei, em um acampamento com outras famílias de pescadores atingidos pela Hidrelétrica de Jirau, na localidade chamada de “Velha Mutum Paraná”, na altura do km 871 da BR 364, sentido Porto Velho-Rio Branco.
SAIBA MAIS: Liderança do MAB em Jirau está desaparecida
Em Rondônia, manifestantes cobram justiça no caso de Nicinha
NOTA PÚBLICA: O campo em Rondônia, um barril de pólvora
Nicinha foi vista pela última vez por uma companheira de acampamento, quando estava cozinhando e lavando roupa em seu barraco, por volta do horário de 12 horas do dia 7 de janeiro. Algum tempo depois, a mesma vizinha sentiu um cheiro de queimado e foi até o barraco dela, a comida estava queimando, a máquina batendo e Nilce já não se encontrava no local.