COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Durante três dias, romeiros e romeiras refletiram e partilharam as experiências de luta e vivências de fé em Bom Jesus da Lapa, na Bahia. A 41ª Romaria da Terra e das Águas encerrou as atividades ontem, dia 08, na Grande Plenária, com as conclusões e encaminhamentos dos compromissos assumidos em todos os Plenarinhos – espaços de formação social e política

 

(Fonte: CPT Bahia | Imagem: Thomas Bauer – CPT Bahia)

Nos Plenarinhos também houve um momento de denúncia do desaparecimento de Eduardo Pereira dos Santos, uma das lideranças do Quilombo Rio das Rãs e integrante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Bom Jesus da Lapa.

Confira, a seguir, os compromissos firmados neste evento:

Terra e Território

  • Continuar as lutas, investir e divulgar os espaços de formação dos povos do campo (indígenas, quilombolas, comunidades extrativistas, fundo e fecho de pasto);
  • Valorizar e divulgar a produção camponesa, criando redes em defesa das bacias hidrográficas.

Fé e Política

  • Formação continuada acerca do tema fé e política e estudo dos documentos da igreja, em especial o documento 105 e o 107.
  • Conscientizar na base para não votar em candidatos que defendam projetos que tiram direitos e ceifam vidas.

Crianças

  • Dar continuidade com a preservação da água e nos conscientizando que água é vida. Sendo o sal da terra e a luz do mundo, dando testemunho desta fé.

Juventudes

  • Fortalecer os nossos grupos na vivência da espiritualidade libertadora, profética e missionária, compromissada com o Reino e com as causas dos povos, fazendo-nos presença ativa sobretudo nos espaços juvenis e coletivos, construção do bem comum e políticas públicas voltadas para a juventude
  • Garantir espaços de diálogos, discussões e ações, onde a mulher e demais cidadãos em todas as fases da vida, possam defender os seus direitos em consonância com os diversos seguimentos sociais, tais como: igrejas, escolas, pastorais, movimentos e redes, que propiciem campanhas, passeatas, mobilizações  sociais em defesa dos direitos de todas as mulheres e das pessoas em geral.
  • Criar espaço, campanhas regionais, rodas de conversa e encontros com grupos de base, para discutir com a família, igrejas, sociedade e nos meios de comunicação o extermínio da juventude.

São Francisco e outras Bacias

  • Multiplicar e intensificar as lutas pela água, articuladas entre si, inclusive pela articulação popular São Francisco Vivo, e com mais apoio da Igreja.

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