A CPT São Paulo realizou no dia 21 de agosto, no Aterro Montovani, em Santo Antônio de Posse (SP), a 13ª Romaria da Terra e das Águas do estado. Com o lema “um grito de dor, um clamor por justiça”, a Romaria teve como objetivo selar um compromisso comum rumo à sustentabilidade. À luz da Carta da Terra, os romeiros e romeiras foram chamados a partilhar de um supremo desafio para o futuro, “formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida”. O tema foi escolhido por causa da contaminação de poços e do lençol freático pelos dejetos industriais acumulados no Aterro Mantovani. A contaminação se dava com 1,2 Dicloroetano, substância altamente cancerígena. A quantidade máxima aceita pelo Ministério da Saúde é de 10μ/L. Em um dos sítios foi encontrado de 144 a 166 μ/L. Foram constatados casos de câncer, infertilidade e morte por causa da contaminação das águas na região. Sem poder consumir a água de suas casas, os moradores recebem um caminhão de água por dia para abastecimento e nada mais. Segundo Andrelina Vieira, da CPT São Paulo, “temos que gritar e dizer o mal que as empresas fizeram pro povo que mora próximo ao aterro. A água está contaminada e os moradores estão bebendo a água que algumas empresas, que ajudaram a contaminar, distribuem na região”.