Rede de Ação Integrada para Combater a Escravidão (Raice) lança seu Resumo Executivo 2015-2024

O projeto Raice, um programa da “Campanha De Olho Aberto para Não Virar Escravo”, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), desenvolve ações de combate ao ciclo da escravidão em cinco municípios no Maranhão, Pará e Tocantins.

Criado em 2015, como parte da campanha permanente “De Olho Aberto Para não virar Escravo”, o Raice – sigla para Rede de Ação Integrada para Combater a Escravidão – aborda as causas sistêmicas da escravidão contemporânea. No Resumo Executivo do projeto, que abrange o período entre 2015 e 2024, é possível entender os fatores que sustentam o ciclo do trabalho escravo no Brasil e a metodologia proposta pelo Raice para combater essa situação.

“O resumo executivo do projeto Raice é um documento importante que destaca os principais resultados deste programa da Campanha da CPT contra o trabalho escravo”, explica Evandro Rodrigues, membro da coordenação nacional da Campanha da CPT e do Regional Araguaia-Tocantins onde coordena a equipe do Raice em Araguaína (TO). 

O resumo expõe os princípios que orientam o programa, a metodologia, os objetivos, e forma de seu desenvolvimento nos distintos locais de atuação, ou seja: comunidades dos municípios de Codó e Timbiras (MA), Tucuruí e Itupiranga (PA) e Nova Olinda (TO), regiões frequentemente associadas a denúncias de trabalho escravo seja como origem ou como destino dos trabalhadores aliciados. Para cada região, o programa elaborou um plano personalizado de combate ao trabalho escravo, em articulação com uma rede municipal e, de acordo com a realidade específica de cada comunidade acompanhada. A avaliação da atuação em cada região, possibilitou identificar elementos importantes para o aperfeiçoamento da metodologia Raice. 

Metodologia Raice

Tendo em vista os fatores que levam uma pessoa à migração de risco e ao aliciamento para o trabalho escravo, o Programa Raice adotou uma metodologia que combina dois caminhos complementares.

O primeiro caminho é a formação de uma rede municipal composta por agentes públicos e entidades da sociedade civil que objetiva efetivar políticas públicas destinadas a comunidades vulneráveis ao risco do trabalho escravo. O segundo caminho consiste na consolidação da organização e dos vínculos comunitários, olhando de forma integral para as vulnerabilidades que expõem as famílias ao trabalho escravo, e buscando construir com elas ações conjuntas visando à vida digna e ao bem viver. 

O Raice se pauta na escuta das famílias e na promoção de ações que fortaleçam as redes locais e o vínculo dos grupos com seus territórios, oferecendo formações, espaços de articulação, integração de saberes, acompanhamentos concretos e encaminhamento de propostas, demandas e recomendações ao poder público. 

“Além dos resultados, o documento traz os desafios que encontramos no desenvolvimento do programa, e também aponta caminhos e alternativas em que a CPT aposta para quebrar o ciclo da escravidão”, completa Evandro. 

Leia abaixo o Resumo Executivo:

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