Iniciativa da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a publicação conta com a parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e será disponibilizada em formato digital no dia 30 de maio de 2023
Agenda Jurídico-Política da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado apresenta recomendações para redução e prevenção de impactos causados por agrotóxicos.
A publicação Conflitos, Massacres e Memória dos Lutadores e Lutadoras do Cerrado, lançada pela Articulação das CPTs do Cerrado, apresenta ao público análises e interpretações sobre os dados de conflitos no campo na região em períodos entre 1985 a 2021, registrados pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduino (CEDOC-CPT) e elaborados, parte pelo Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (LEMTO-UFF), e parte pelo Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), da Universidade de Brasília (UnB). Apresenta, ainda, análises e memória a partir dos resgates da Comissão Nacional da Verdade e da Comissão Camponesa da Verdade, criada para esclarecer violações de direitos humanos no período de 1946 a 1988.
Além da denúncia sobre os conflitos, a publicação faz memória às vidas dedicadas a intensas lutas por justiça e anuncia as existências e resistências de diversos povos embrenhados nos chãos dos Cerrados. São feitas homenagens a lutadoras e lutadores, com relatos de suas contribuições para que esta história não fosse apenas de sangue, dor e abandono.
Dados sobre conflitos no campo, massacres ao longo da história, e memória aos que dedicaram a vida em defesa do Cerrado compõem o livro que será lançado na terça-feira (28)
Encontro possibilitou discussão sobre os impactos dos agrotóxicos e a agroecologia como resistência nas comunidades dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia
Por Amanda Costa/Assessoria de Comunicação da CPT Nacional
Fotos: Morgana Damásio/AATR
Aviões que pulverizam veneno, incêndios criminosos, 40 anos de espera pela execução de uma sentença favorável à demarcação. Milhares de quilômetros separam as comunidades Melancias (Piauí), Gleba Tauá (Tocantins) e a Travessia do Mirador (Maranhão), mas as violações citadas são frutos de uma mesma raiz: os conflitos fundiários com o agronegócio.
Nos dias 08 e 09 de abril essas comunidades estiveram juntas no Encontro de Troca de Saberes dos Povos do Cerrado, realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), na cidade de Barra do Corda, no Maranhão. Na ocasião, além das partilhas sobre histórias e estratégias de luta na defesa dos territórios tradicionais, foram apresentados os estudos Cartografia Social do Mirador (NERA/CPT-MA) e Na fronteira da (i)legalidade: Desmatamento e grilagem no Matopiba (AATR e Campanha Nacional em Defesa do Cerrado).
Como síntese do encontro, as comunidades e as entidades de apoio presentes no evento lançam carta pública denunciando a situação histórica de violação de direitos e agravamento de ameaças às comunidades.
Confira carta na íntegra: