Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou Tropa de Choque para o local. As luzes e o ar condicionado do Plenário foram desligados. Polícia não permite a entrada da imprensa e de outras pessoas na área. Representantes de comunidades tradicionais realizam ato para denunciar o genocídio que vem ocorrendo no campo brasileiro.
A Mobilização da Articulação dos Povos e Comunidades Tradicionais teve início nesta segunda-feira (5) em Brasília. Mais de 200 representantes de povos indígenas, quilombolas, pescadores, vazanteiros, apanhadores de flores, geraizeiros, entre outros participaram, durante a tarde desta segunda, de Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), da Câmara dos Deputados, sobre os conflitos no campo.
Após a Audiência, esses povos e representantes de comunidades tradicionais decidiram permanecer em vigília no Plenário I, anexo II, da Câmara dos Deputados, para denunciar as inúmeras mortes, violências e demais conflitos no campo.
Já por volta das 22 horas o presidente da Câmara começou agir para reprimir a vigília. A Tropa de Choque foi enviada ao local. Energia e ar condicionado foram desligados.
Porém, essas ações não diminuiram a resistência do povo. Mesmo com a escuridão, o povo não para de cantar. E a vigília continua. "Faz escuro, mas eu canto!".
Além das pessoas em vigília, há jornalistas e políticos que ficaram no local. Acompanham o protesto no Plenário os deputados federais Sibá Machado (PT-AC), Paulo Pimenta (PT-RS), Chico Alencar (PSOL-RJ), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Alessandro Molon (Rede-RJ) e outros. Deborah Duprat, coordenadora da 6º Câmara - Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais, do Ministério Público Federal (MPF), também acompanha a ação.
Já do lado de fora da Câmara, mesmo sem poder entrar, um grupo de pessoas se reuniu em solidariedade aos que estão cercados pela polícia no Plenário. Tem apoiadores e apoiadoras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), advogados populares, e outros movimentos sensíveis à luta.
Mais informações, com assessoria de comunicação da Articulação dos Povos e Comunidades Tradicionais:
Cristiane Passos: 62 8111-2890
Patrícia Bonilha: 61 9979-7059
Mele Dornelas: 81 999079717