Espírito Santo / Rio de Janeiro

Diante do cenário de conflitos na região da Diocese de Volta Redonda/RJ, por causa da especulação imobiliária que levava à grilagem e à violência, Dom Vital Wilderink, bispo da diocese de Itaguaí, auxiliou a criação da Comissão Pastoral da Terra no estado no ano de 1976. A CPT sempre esteve junto aos trabalhadores e trabalhadoras rurais, inicialmente com atuação no Litoral Sul do estado a partir da eclosão de conflitos por terra na região, especialmente em Paraty e Angra dos Reis, devido aos conflitos trazidos pela indústria nuclear e o turismo. Em seguida, a CPT passou a atuar na Baixada Fluminense, região que a partir da década de 1980 foi palco de inúmeras ocupações de terras, como o caso de Campo Alegre, em Nova Iguaçu, e Nova Aurora, em Belford Roxo. Com a migração de famílias camponesas para as periferias dos grandes centros, emergiram novos tipos de conflitos envolvendo trabalhadores das periferias das cidades, que visavam obter terra para o desenvolvimento de atividades agrícolas. Somando a atuação no estado do Espírito Santo em uma mesma regional, a CPT também auxiliou na organização de sindicatos, formando lideranças sindicais e movimentos sociais, atuando na luta pela terra e também na assessoria educacional.