COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Representantes da juventude da CLOC participam no Equador de programa semanal de televisão, produzido pela Fenocin. Nele, destacaram as principais lutas da juventude na América Latina.

 

 

 

Jovens integrantes de diversas organizações da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC), manifestaram suas reflexões e demandas no programa de televisão “Defendendo a Pachamama”, produzido pela Federação Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Negras, (FENOCIN), do Equador.

No programa foram entrevistados Omar Delgado, dirigente da Coordenadoria Nacional Camponesa (CNC), Delia Guaman, dirigente da FENOCIN, ambos do Equador e a dirigente da Associação de Trabalhadores do Campo (ATC), Zayra Ticay, da Nicarágua.

Os jovens se encontram em Quito, no Equador, participando dos preparativos do V Congresso da CLOC, que se realizará nesta cidade entre os dias 8 e 16 de outubro, e, neste contexto, manifestaram que todas as delegações provenientes da América Latina, declararam publicamente repúdio à tentativa de golpe que viveu este país na última quinta-feira, e seu total apoio ao processo equatoriano, liderado pelo presidente Rafael Correa.

A dirigente juvenil da Nicarágua, Zayra Ticay, ressaltou as importantes transformações que está vivendo seu país na recuperação dos direitos dos jovens, destacando que se tem garantido o acesso a uma educação gratuita para todos e todas.

Por sua vez, Delia Guaman, do Equador, esclareceu que o país também está avançando na superação dos temas de discriminação e exclusão. Esta, segundo ela, é uma tarefa de longa e difícil, pois supõe mudar pautas culturais que estão muito arraigadas na sociedade neoliberal em que estão inseridos, apesar disso seguem lutando desde suas respectivas organizações “para incidir com força e dignidade o combate contra a exclusão e a discriminação”.

Omar Delgado, dirigente da CNC no Equador, assinalou que a ingerência dos Estados Unidos nas políticas nacionais, representa para a juventude a perda de seus direitos e uma visível migração da juventude camponesa para a cidade, que se traduz em perda de identidade cultural e de suas tradições.

Para os jovens dirigentes camponeses e indígenas, o V Congresso da CLOC é um espaço importante de debate, oscilações e propostas de planos de trabalho para os anos seguintes. Afirmam, “somos o presente e construtores de um futuro melhor, temos uma proposta e não nos podem calar".

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