Cadastro de empregadores flagrados com escravos atinge número recorde e reflete impacto indesejado do avanço da monocultura e de grandes projetos. Atualizada nesta semana, a lista suja do trabalho escravo cresceu com a entrada de 52 novos registros e chegou ao recorde de 294 nomes. Entre os que entraram estão alguns dos principais grupos usineiros do país, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau.
Um grupo de dez pessoas - incluindo uma mulher que exercia a função de cozinheira - foi libertado da Fazenda Outeiro Grande, do reincidente Antonio Evaldo de Macedo. Entre 2008 a 2010, o empregador já constou na "lista suja" do trabalho escravo, cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), por ter escravizado cinco pessoas na mesma propriedade.
Estudo ocorreu em MT, Pará, Bahia e Goiás, recordistas em denúncias. Relatório integra livro sobre perfil do trabalho escravo contemporâneo.
O Encontro Nacional das Comissões Estaduais pela Erradicação do Trabalho Escravo acontece durante todo o dia de hoje, 25 de outubro, no auditório da FIEMT, em Cuiabá (MT).
A fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou, no último dia 6, do complexo Agropecuácio Pindobas, em Brejetuba, ES, 22 trabalhadores, que viviam em um sobrado velho, em condições degradantes de trabalho. Um deles estava com pneumonia e não tinha acesso a cuidados médicos. A propriedade pertence ao grupo Itapemirim, do empresário e deputado federal Camilo Cola.
Em agosto, na Fazenda Cruzeiro Novo, município de Conceição do Araguaia, a liderança do acampamento São José, Joacir Fran Alves Mota, sofreu ameaças por parte de pistoleiros travestidos de policias.. A fazenda, ao que tudo indica é de propriedade do ex Deputado Federal e atualmente Deputado Estadual do Espírito Santo, Nilton Baiano
A imprensa do estado se nega a veicular estas informações.
Veja abaixo a nota emitida, em agosto, pela CPT, Sindicato e trabalhadores, sobre as ameaças no Pará.Ao todo, 54 trabalhadores rurais - entre eles, sete adolescentes na faixa de 15 a 16 anos de idade - viviam em condições desumanas em fazendas dedicadas à atividade pecuária bovina em Rondônia e no Acre, na região amazônica