A Faculdade de Ciências Sociais da UFG e a CPT Goiás promoveram debate para analisar o aumento dos casos de trabalho escravo no estado. Segundo dados da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo, só em 2010, Goiás foi responsável pela libertação de 29% do total de trabalhadores resgatados no país.
Debate realizado na última quarta-feira, 24 de novembro, no auditório Luiz Palacin da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), contou com a presença de frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo. Organizado pela CPT regional Goiás, pelo Núcleo de Estudos sobre o Trabalho (Nest) da Faculdade de Ciências Sociais da UFG e pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Goiás, o evento teve como objetivo refletir sobre o assunto e apontar alternativas para um futuro onde a dignidade humana tenha primazia nas relações econômicas e de poder.
Desde o ano de 2005, o número de trabalhadores em situação análoga à escravidão está aumentando no estado de Goiás. Os trabalhadores libertados são normalmente migrantes oriundos, principalmente, das regiões nordeste e sudeste (Minas Gerais). São pessoas que se sujeitam a condições de trabalho precárias para sustentar suas famí¬lias. Somente em 2010, segundo dados parciais da Campanha da CPT, o número de trabalhadores escravos resgatados já chega a 29% do total no país. O debate contou, ainda, com a presença de Antônio Carlos Cavalcante Rodrigues, Procurador do Trabalho (Ministério Público do Trabalho) e do deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, Mauro Rubem.