Franciscano que defendeu povos indígenas e influenciou escolha do nome do Papa faleceu, aos 87 anos de idade, nesta segunda-feira (4) em São Paulo (SP). Nota de pesar é assinada pelo bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM) e presidente da CPT Nacional, Dom José Ionilton.
Foto: Reprodução / Vatican News
Leia a nota na íntegra:
NOTA DE PESAR
"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá"
(Jo 11. 25).
"Nessa realidade tão plural da Amazônia, precisamos aguçar urgentemente nosso olhar amoroso, que contempla e admira a vida das pessoas e da mãe natureza no contexto da Amazônia; nosso olhar cuidadoso, que se preocupa com os problemas encontrados na vida das pessoas e do ambiente natural; nosso olhar esperançoso, que acredita ser possível cuidar da qualidade de vida em todas as suas dimensões" (Dom Cláudio Hummes, Cartilha para a escuta e participação popular em vista do Sínodo para a Amazônia)
A Prelazia de Itacoatiara - Amazonas, recebeu com profunda tristeza a notícia do falecimento do Cardeal Cláudio Hummes.
Nascido em Salvador do Sul (RS) em 08 de agosto de 1934, entrou na Vida Religiosa na Ordem Franciscana dos Frades Menores; recebeu a ordenação presbiteral em 03 de agosto de 1958 e a ordenação episcopal em 25 de maio de 1975. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), Arcebispo de Fortaleza e Arcebispo de São Paulo. Foi feito membro do Colégio Cardinalício pelo Papa São João Paulo II no Consistório de 21 de fevereiro de 2001. De 2006 a 2011 trabalhou ao lado do Papa Bento XVI em Roma, como Prefeito de Congregação para o Clero. De volta ao Brasil, assumiu a Presidência da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e da REPAM - Rede Eclesial PanAmazônica e depois do Sinodo assumiu a Presidência da CEAMA - Conferência Eclesial da Amazônia.
Agradecemos a Deus por sua vida, vocação e missão na Igreja do Brasil e na nossa Querida Amazônia; pelo seu empenho para a realização do Sínodo para a Amazônia em 2019, na fase de preparação e na sua atuação decisiva durante o Sínodo, especialmente na aprovação do Documento Final.
Agradecemos, também, a Deus por ele ter lembrado ao Cardeal Bergoglio, eleito Papa em 2013, a "não esquecer dos pobres", inspirando assim a escolha do nome Francisco.
A fé na ressurreição de Cristo, certeza de nossa ressurreição, nos conforte e nos faça perseverantes na vivência fiel de nossa vocação e missão, seguindo o exemplo de Dom Cláudio Hummes.
Itacoatiara, 04 de julho de 2022
Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV