Evento, sediado no Centro Pastoral Padre Josimo, decorre de conclusão do segundo módulo do Curso Agricultura e Pecuária de Base Agroecológica
(Por Mário Manzi - Assessoria de Comunicação da CPT com informações da CPT Araguaia / Foto: CPT Araguaia)
Realizada pela parceria entre CPT Regional Araguaia, Instituto Federal de Confresa, Embrapa Agrossilvipastoril e Prefeitura Municipal de Confresa, a I Feira de Troca de Sementes e Mudas Crioulas reuniu mais de 70 agricultoras e agricultores em Porto Alegre do Norte (MT), no domingo último (23).
À ocasião foram intercambiadas, entre os participantes, diversas variedades agroalimentares, somando vinte espécies de árvores nativas do cerrado (frutíferas e medicinais), cinco variedades de milhos, três de feijões, uma de batata e quatro espécies de adubação verde.
A feira, sediada no Centro Pastoral Padre Josimo, decorre da conclusão do segundo módulo do Curso Agricultura e Pecuária de Base Agroecológica. A formação é, conforme esclarece o agente da CPT Araguaia (MT), Fernando Schneider, “resultado de uma demanda que chegou à CPT via diagnóstico feito nos assentamentos. [Com o objetivo de] entender melhor o que é transição agroecológica, tentar sair ao máximo do modelo de produção de agrotóxico e adubo químico”.
Ao todo, participam do curso 42 pessoas. Entre os participantes, agricultoras e agricultores assentadas na região, indígenas, representantes de povos tradicionais como quilombolas e os retireiros do Araguaia.
Formato do curso
O primeiro módulo abordou as dimensões da propriedade rural em relação à sustentabilidade ambiental social e econômica. Neste ponto foram levantados quais os elementos a que a agricultora e o agricultor têm de se atentar para que a propriedade torne-se um agroecossistema sustentável.
No segundo módulo, alunas e alunos tiveram aula de agricultura e pecuária ecológicas por meio do manejo rotacionado. Foram dois dias dedicados a aulas teórica e prática. No primeiro dia foi realizada uma visita técnica à propriedade de uma agricultora onde é realizada a agricultura ecológica. No segundo dia a visita compreendeu a pecuária ecológica. Na proposta, os animais são tratados dentro de padrões de conforto térmico e conduzidos para um pasto com melhor manejo, onde comem durante alguns dias e em seguida são transferidos para uma segunda área, completando assim o pastoreio rotacional. As duas realizações tem o intuito de ajudar a região a ter melhor produtividade em relação ao manejo convencional.