A partir de hoje até a próxima quinta-feira, dia 14, agentes, colaboradoras e colaboradores da CPT Nordeste II participarão do mutirão de formação sobre as comunidades impactadas pela mineração. A atividade, que acontece no município de Picuí, Seridó Paraibano, tem como objetivo compreender a realidade do avanço dos projetos de mineração nas comunidades e as estratégias de resistência das famílias impactadas.
Para isso, serão visitadas algumas comunidades que estão localizadas no Seridó paraibano. Algumas já possuem um histórico de impactos causados pelo avanço dos projetos de mineração, com grandes empresas já consolidadas, a exemplo das comunidades Caraibeiras, Tanquinho e Quixaba. Outras vem sofrendo e enfrentando o assédio de empresas de mineração, como o assentamento Campos Novos, com mais de 60 famílias de trabalhadoras e trabalhadores rurais. No assentamento já são dez famílias que tiveram suas parcelas invadidas para a realização de pesquisas que possam comprovar a viabilidade da extração de minério no assentamento.O Seridó paraibano é uma região histórica de exploração de minérios. Com o avanço de grandes projetos de desenvolvimento, tem aumentado ainda mais a mineração na região, ameaçando os territórios das comunidades camponesas e inviabilizando a agricultura camponesa. “Queremos compreender como vem se dando o processo de assédio das mineradoras a estas famílias camponesas e quais os impactos da mineração na região, que obriga camponesas e camponeses a saírem de suas terras para dar lugar a um projeto de desenvolvimento que escraviza e explora os povos do campo”, ressalta Vanúbia Martins, agente da CPT Campina Grande.