No dia 09 de junho, próxima sexta-feira, a Comissão Pastoral da Terra Regional Amazonas (CPT-AM) lançará a publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2016, e realizará encontro de formação para lideranças de comunidades sobre o tema: “Direitos Possessórios”, que será assessorado pelo defensor público estadual, Carlos Alberto de Almeida Filho. O evento acontece no Auditório da Assembleia Legislativa do Amazonas, na capital Manaus, entre 08h e 17h.
Essa é a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais.
Antecedendo o lançamento da publicação, hoje, 08 de junho, é realizado, no Auditório da Defensoria Pública do Estado, seminário sobre “Os conflitos agrários no estado do Amazonas”, com a participação do procurador do estado, Daniel Viegas, e Maiká Schwade, professora da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Casa da Cultura Urubuí.
Conflitos no campo batem recordes – O relatório de 2016 destaca o maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos 13 anos, 61 mortes. Destas, 48 ocorreram na Amazônia Legal. Além do aumento no número de assassinatos, houve aumento em outras violências. Ameaças de morte subiram 86% e tentativas de assassinato 68%.
Os dados mostram 2016 como um dos anos mais violentos do período em que a CPT faz o registro desde 1985.
Acesse a publicação Conflitos no Campo Brasil 2016
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E a escalada da violência continua sem dar trégua no ano de 2017. Nesses cinco primeiro meses do ano já foram assassinadas 39 pessoas, sendo que em 35 dias foram três massacres concretizados e uma tentativa, com 22 trabalhadores em luta pela terra mortos. O primeiro caso foi em Colniza, no Mato Grosso, em 20 de abril, com 9 torturados e mortos por jagunços encapuzados. Em Vilhena, Rondônia, no dia 29 de abril, foram encontrados 3 corpos carbonizados dentro de um carro. O ataque aos índios Gamela aconteceu no dia 30 de abril, em Viana, no Maranhão, com 22 feridos, sendo com 2 com mãos decepadas.
O massacre mais recente foi o que aconteceu em Pau d’Arco, no Pará, no dia 24 de maio, quando foram mortos pelas policiais Civil e Militar 9 homens e 1 mulher, esta liderança de um movimento.
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Serviço: Dia 08/06 – Seminário Conflitos Agrários no Estado do Amazonas
Horário: 08h às 12h – 14h às 17h.
Local: Auditório da Defensoria Pública – Rua 24 de Maio – Centro / Manaus-AM.
Dia 09/06 – Lançamento da publicação Conflitos no Campo Brasil de 2016 e formação sobre Direito Possessório
Horário: 08h às 12h – 14h às 17h.
Local: Auditório da Assembleia Legislativa do Amazonas – Av. Mário Ipiranga, Antiga Recife Parque Dez, Manaus.