No dia 19 de fevereiro, o juiz da comarca de Casa Nova (BA) fez uma inspeção judicial na área para verificar o modo de apropriação das terras pelas comunidades locais, já que há argumentos de que aquelas terras seriam abandonadas ou ocupadas por invasores.
No dia 19 de fevereiro, foi dado mais um passo no processo de discriminatória das terras públicas da comunidade de Areia Grande, em Casa Nova - Bahia.
Na ocasião, o juiz da comarca local fez uma inspeção judicial na área para verificar o modo de apropriação das terras pelas comunidades locais, já que há argumentos de que aquelas terras seriam abandonadas ou ocupadas por invasores. Já para as comunidades tradicionais, a inspeção teria maior eficácia se verificasse a situação na localidade e as violações cometidas contra os seus direitos.
Representantes de organizações populares, que apóiam a luta do povo de Areia Grande, acompanharam a visita. Para Domingos Rocha, diretor do SINTAGRO, a visita foi importante para que o juiz tomasse conhecimento da realidade dos trabalhadores. “Sabemos que quando o juiz deu aquela sentença com relação à imissão de posse, ele atropelou todos os direitos daqueles trabalhadores ali na área. Então, ele conheceu realmente a situação dos trabalhadores ali e a importância daquela terra para o sustento daquelas famílias”, afirmou.
Segundo Tatiana Gomes, da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), a inspeção foi significativa no sentido da aproximação do juiz com a área em conflito. “Até para o convencimento do juiz, acredito que essa inspeção foi bastante produtiva, já que ele pode se apropriar a partir da vivência, da experiência, do contato com as pessoas que vivem em regimes de fundo de pasto”.